Vou começar parabenizando a TV União, pois foi fazer o que devia ser feito: cobrir a final do Campeonato Estadual de Futebol.
Depois, cumprimentar o presidente da FNF, que compareceu ao jogo e prestigiou o evento patrocinado pela entidade que dirige.
Mas, como não poderia deixar de ser, quero registrar minha indignação diante do estado de indigência em que se encontra o Estádio Marizão (?)...
Seria mesmo aquilo um estádio?
Já vi campos melhores e instalações mais bem cuidadas na várzea.
Infelizmente, o manda chuva do Potyguar Seridoense, o Senhor Merica, não acreditou na possibilidade de sua equipe reverter à desvantagem e, portanto, não pesou que um gramado melhor, poderia favorecê-lo, pois tecnicamente, o Potyguar é superior ao ASSU (em Santa Cruz, suas chances poderiam ter sido melhores)...
A desculpa que Caicó por ser mais próxima, levaria um número maior de torcedores ao Marizão, acabou não dando resultado, já que o público presente foi de apenas, 1.456 pagantes.
Mas, como Merica é um empírico e não um cientista, preferiu acreditar que o processo de tentativa e erro que até então vinha dando certo, seguiria o mesmo padrão...
Sobre o jogo, o que posso dizer é que vi um ASSU recuado e sabedor, que a vantagem obtida em casa, a chuva, e o “pasto” enlameado do Marizão, seriam aliados importantíssimos no decorrer da partida.
Não havia como a técnica prevalecer nas condições em que se encontrava o gramado (?), era um jogo para ser jogado muito mais na força e na garra que na técnica ou na tática.
Portanto, restou ao Potyguar Seridoense, tentar superar as dificuldades na vontade e na qualidade do jogador Emerson, mas todo o esforço acabou sendo barrado pela total falta de condição do terreno de jogo (?) e, pela disposição dos jogadores Açuenses em segurar a todo custo um resultado favorável.
Ao final, o 2x1 foi justo, pois o Potyguar sempre levou mais perigo a área adversária e, além disso, contou com a ajuda do fraquíssimo goleiro Erasmo da equipe açuense.
Erasmo, durante todo o jogo, conseguiu bater apenas dois tiros de meta com alguma qualidade, sua reposição é muito mais para se ver livre da bola do que para buscar um companheiro em condições de iniciar um contra ataque e, nos dois gols que sofreu, as bolas eram suas, mas como lhe falta técnica e tamanho acabou sendo penalizado por falhas da zaga.
Independente de suas fragilidades, o ASSU ganhou o campeonato de forma indiscutível, pois em nenhum momento deixou faltar um mínimo de estrutura aos seus jogadores e ao que consta, cumpriu rigorosamente seus compromissos com o elenco e a comissão técnica.
Daílson Machado, presidente do ASSU, merece esse título tanto quanto qualquer atleta, pois mesmo enfrentando as dificuldades naturais de quem vive com poucos recursos, soube montar um time coeso e preencher os espaços que os grandes deixaram abertos.
Daílson colocou Açu na mídia nacional, agora, vai para a estrada percorrer os duros caminhos que o esperam.
Parabéns ao ASSU, campeão do Rio Grande do Norte.
Um comentário:
Fernando Amaral, discordo do Sr. em dois pontos.
Não vi o jogo, mas pelas partidas que havia assistido do Potyguar e do próprio ASSU, acho o time de Neto Matias mais organizado, em seu 3-5-2, do que o time de Açu.
E, jogador por jogador, creio que o Cameleão do Vale conta com melhores jogadores.
No outro ponto, creio que o ASSU chegou a perder a mão, logo no início do 2º turno, quando o assistente de Hugo Sales, então treinador, havia entregue o cargo e Daílson Machado contratado Maurício Rodrigues, o homem do esquema 3-6-1 que já havia afundado o Santa Cruz.
Mas quando Daílson Machado trouze de volta Hugo Sales do CSA/AL, aí então a coisa parece ter tomado o bom rumo de antes.
É de longe, minha impressão.
Sds Alvinegras.
Muito humildemente, abecedista.
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