O Clube Atlético Mineiro não deve mais nada ao ABC FC....

Recebi uma informação que o ABC, através de seu diretor, Flávio Anselmo, teria concluído negociação com o Clube Atlético Mineiro, referente à venda dos direitos econômicos do lateral direito Nêgo.

Segundo se sabe, o Atlético Mineiro devia ao ABC, cerca de 200 mil reais e, o assunto se arrastava sem definição a um longo tempo.

A fonte que me informou sobre a negociação, afirmou que em função do imbróglio, o ABC abriu mão de 140 mil reais...

Diante da grande diferença entre que foi recebido e do que foi dispensado, procurei levantar mais detalhes, para evitar publicar uma notícia baseada em apenas um lado da questão...

Pois bem, como privo de amizade pessoal com o procurado do lateral Nêgo, o procurei, falei sobre o assunto e ele, me mandou o e-mail abaixo, onde conta como se deu todo o processo e as razões da conta ter sido fechada da maneira que foi.

E-mail de Edi Souza, procurador dos jogadores Nêgo e Rodriguinho.

Boa Tarde meu irmão Fernando Amaral, é sempre uma enorme satisfação em comunicar com você, seja por e-mail, fone ou outro meio, porque você se faz "persona mui grata" em âmbito profissional e familiar.

A situação entre Nêgo e Atlético Mineiro já foi definida, e eu mesmo participei pessoalmente do ato rescisório em Belo Horizonte.

Uma das exigências do Nêgo e minha, é que houvesse um acordo entre Atlético Mineiro e ABC, quanto a divida existente, no que tange a "compra do jogador" em dezembro de 2007, e que ainda não havia sido paga pelo Atlético.

Nêgo solicitou ao Atlético que acertasse com o ABC essa situação, e que inclusive, queria acompanhar de perto essa situação. E quando questionado pelo Atlético, qual o interesse dele (Nêgo) nessa situação, ele foi direito: "Sou ABC e não quero que essa pendência permaneça ou vá para justiça, ainda mais sabendo que eu sou o pivô de tudo isso”!

Feito isso, exigi a situação e percebi que o momento interno no Atlético-MG, não é bom, pois o atual presidente é uma pessoa muito correta, um dirigente diferenciado de muitos outros, mas se recusa a pagar divida contraída pelo ex-presidente, sem que houvesse participação do departamento financeiro, portanto, a melhor saída seria um acordo com o ABC, caso contrário, tudo isso iria se delongar ainda mais.

Como já havia sido feito vários contatos e em nenhum se obteve o sucesso, pedi ao jurídico do Atlético que tentasse por mais uma vez um diálogo com o ABC, desta vez com o Sr. Flávio Anselmo, e eu mesmo, por algumas vezes, liguei ao Flávio e recebi ligações do mesmo também, sendo que ele nos atendeu prontamente e ainda disse que também tinha interesse num acordo. Porém, vários contatos e estávamos distante de um acordo.

No Atlético, o departamento de futebol, tudo gira em torno das opiniões e decisões de Wanderley Luxemburgo, tanto que para rescindir o contrato do Nêgo, foi necessária uma reunião interna no clube mineiro, e posteriormente fui comunicado desta possibilidade. Pensando nisso, pedi para os responsáveis ligar para o Flávio Anselmo, e se possível, colocar o próprio Wanderley Luxemburgo para propor algum acordo ou negociar a tal dívida.

Sinceramente não sei se foi feito assim, e como foi feito, mas comuniquei ao Atlético que somente haveria possibilidade de acordo com o Nêgo, se houvesse acordo entre Atlético e ABC.

Recebi um comunicado do Galo, através do Departamento Jurídico, que tudo já havia sido definido, e inclusive no ato rescisório, consta que o Atlético pagaria ao ABC, um valor de R$ 60.000,00, e ainda, como o Atlético ficou com 30% dos direitos sobre o jogador até o final do Paulistão 2011, caso apareça uma negociação, 10% seria repassado ao ABC.

Quem intermediou por parte do ABC foi Flavio Anselmo.

Um forte abraço,

Edi Souza.