Quando o cronometro marcou 18 minutos do primeiro tempo, pensei: hoje vai, o time está bem e o Santo André não me parece um adversário capaz de suportar o bom futebol apresentado pelo América...
Depois da segunda bola na trave dos paulistas, senti que dava, mas a falta de um ou dois sujeitos com vocação de goleador, começava a preocupar.
Terminado o primeiro tempo, o saldo a favor do América era gigantesco: a equipe parecia ter finalmente encontrado o conjunto e consistência necessária para fazer valer o domínio territorial e a posse de bola...
A superioridade americana era tão clara, que o gol era uma questão de tempo, mesmo que a pontaria não fosse a ideal.
Berg jogou os primeiros 45 minutos de forma irretocável, Cléber confirmou a boa impressão do primeiro jogo e Esley, Robson e Alberto estavam bem e tudo levava a crer que no segundo tempo, o impasse se resolveria.
Nas primeiras movimentações do segundo tempo, percebi que o Santo André desconfiado que suas chances eram remotas, agrupou seus jogadores no campo de defesa e se preparou para tentar suportar os 45 minutos finais e conquistar ao menos um potinho...
A partida caiu tecnicamente, perdeu o brilho e poucos foram os lances de emoção.
Mas aos 27 minutos, a sorte sorriu para os rubros e Alberto, aparecendo de surpresa por trás da zaga do Santo André, tocou para o gol uma bola cujo destino era a linha de fundo...
Enfim, justiça no placar.
Entretanto, por razões que desconheço Lula Pereira, retirou o atacante Alberto e colocou Carlos Alberto no intuito de segurar o Santo André e o placar...
Perguntei-me: mas por quê?
O Santo André está “morto”, batido e agora, é hora de partir para cima e ampliar a vantagem...
Como não sou treinador, raciocinei assim...
Lula é treinador e pensou diferente, mas o resultado foi inversamente proporcional a suas intenções...
O Santo André ressuscitou, passou a atacar e o Wendel acabou empatando, depois de pegar uma bola pererecando a sua frente e diante de cinco defensores americanos.
Foi à gota d’água: o América entrou em parafuso e Alan Delon, recém-entrado em campo, cometeu uma falta estupida e desleal e foi justamente expulso...
Com um a menos, sem ninguém na frente e o moralmente ferido, o América passou de “agressor” a “agredido” e não fosse Fabiano, teria levado a virada.
O América foi melhor, mas ser melhor e não vencer, de nada adianta...
O resultado foi justo, pois o Santo André foi buscar o resultado...
A situação cada vez se complica mais e Lula Pereira, já começa a entrar num oito, com seus discursos repetitivos...
Os próximos jogos do América serão contra a Portuguesa de Desportos no Machadão e Ipatinga em Minas Gerais...
Se Lula não vencer ao menos um, seu discurso vai começar a parecer com uma despedida.
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