Charge: Mário Alberto
Marin testa a paciência do Bom Senso FC; greve ou recuo dos atletas é inevitável se o cenário não mudar
Por Victor Birner
O Bom Senso FC está cumprindo as
etapas necessárias antes de tomar medidas duras para conquistar direitos que
vão beneficiar os atletas e a qualidade do futebol dentro do país.
Tenta resolver dialogando com a
CBF enquanto suporta pacientemente a enrolação e mostra força como fez no
primeiro minuto das partidas da última rodada.
Lidar com a direção da dona do
futebol brasileiro não é algo simples.
Os interesses dela são outros.
A redução da quantidade de jogos,
se feita da maneira correta, ou vai retirar datas dos estaduais ou excluir as
grandes equipes desses torneios.
Eles perderão força, assim como
os presidentes das federações que os promovem, os mesmos que compõem a maior
parte do colegiado com direito de votar nas eleições da CBF.
Trocando em miúdos, Marin precisa
desagradar seus parceiros para cumprir o seu dever obrigatório de fazer o
melhor pelo esporte.
A cultura arenista dele impede
que pratique política construtiva ao invés da mais tradicional no Brasil, a da
manutenção de poder.
Ele não tende a ceder.
Vai tentar arrumar formas de as
coisas ficarem como deseja.
O Bom Senso FC, em breve,
precisará escolher entre abrir mão de suas propostas ou ser mais enérgico em
futuras ações.
Não pode descartar, por exemplo,
depois de esgotada a possibilidade de resolver os problemas com diálogo, a
ideia de uma greve geral dos jogadores.
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