Imagem: Autor Desconhecido
Análise:
Arenas começam a ter vida própria no país
Mercado brasileiro
segue a tendência de Europa e EUA, e começa a explorar melhor as novas arenas
Por Duda
Lopes/Máquina do Esporte
O futebol é o
grande negócio de uma arena moderna.
Nada gera
mais dinheiro que os eventos esportivos.
Somente com
bilheteria, sem considerar vendas de cadeiras, camarotes e publicidade
específica para as partidas, o Maracanã já gerou mais de R$ 50 milhões neste
ano.
O que o
mercado nacional começa a perceber, por outro lado, é que as modernas
estruturas podem ir além, podem ter vida própria e gerar ainda mais renda aos
administradores.
Nesta semana,
foi a vez da Arena Itaipava Fonte Nova mostrar as novas possibilidades.
O recente
projeto, que conta até com Rubens Barrichello de sócio, deverá montar um
shopping no estádio, com direito a academia e pista de kart.
Nesta mesma
semana, o Allianz Parque apresentou outro projeto, formulado com a EY, a WeWork
e o Governo do Estado de São Paulo, para transformar o estádio em um centro de
escritórios para startups do esporte.
Também nos
últimos dias, o UOL publicou que a Arena Corinthians deverá ter uma clínica
médica, empreendimento que irá se juntar a outros projetos recém-construídos,
como uma academia.
Essa
transformação, no entanto, dificilmente mudará o centro de negócios das arenas,
o futebol.
Em
comparação, a rede Iguatemi, que possui alguns dos shoppings mais luxuosos do
Brasil, teve um lucro de R$ 260 milhões em 2018.
Isso na soma
de mais de dez complexos, e a grande maioria com maior potencial de ganhos em
relação a lojas instaladas em um estádio.
É pouco frente
ao que, por exemplo, o Palmeiras leva de lucro em relação a bilheteria e sócio
torcedor.
Mas é um
caminho natural para as modernas estruturas que, claro, precisam faturar mais.
É um caminho
seguido com mais clareza em outros mercados.
Em Boston (EUA), por exemplo, há um caso curioso.
Em Boston (EUA), por exemplo, há um caso curioso.
O complexo de
entretenimento Patriot Place, um grande shopping montado ao lado do Gillette
Stadium, do New England Patriots, custou US$ 350 milhões e foi mais caro que o
próprio estádio.
No local, há
lojas, restaurantes, hotel e até casa noturna.
O
investimento deu mais vida à isolada arena multiuso.
O estádio
americano está longe de ser exceção.
Na verdade,
ele é a regra para grandes arenas.
A considerar
que o mercado brasileiro não possuía estruturas do tipo até pouco tempo atrás,
é natural que os avanços aconteçam aos poucos.
Cinco anos
após a realização da Copa do Mundo, parece que finalmente os novos estádios
começam a ser plenamente explorados, com todas as suas possibilidades
comerciais.
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