domingo, setembro 29, 2019

O Mundial de Atletismo de Doha, no Catar, é um teste de sobrevivência...

Imagem: Autor Desconhecido



Quem está acompanhando o Mundial de Atletismo, em Doha, no Catar, tem feito duas coisas...

A primeira é torcer para que nenhum atleta morra durante as competições e segunda, é aumentar seu nível de preocupação com o que vai acontecer em 2022 no Mundial de Futebol...

A coisa toda é tão séria que a maratona começou à meia-noite, mesmo assim, com quase 33 graus e 73% de umidade, o que fez várias atletas desmaiarem.

Doha, a impressionante capital do Catar se transformou na capital mundial do esporte, por força dos petrodólares...

Inúmeros eventos esportivos têm acontecido na cidade erguida às portas do deserto.

Cada competição serve de teste...

Afinal, tudo tem que estar perfeito para o grande momento que será a Copa do Mundo, em 2022.

Mas voltemos ao Mundial de Atletismo...

A maratona que teve seu tiro de partida à meia-noite foi um teste de sobrevivência.

30 das 70 atletas inscritas, desistiram...

As 40 restantes enfrentaram uma temperatura de 32,7 graus e umidade de 73% - sensação térmica de 40 graus.

O resultado acabou sendo comemorado pela Federação Internacional das Associações de Atletismo (IAAF) como tendo sido um número animador...

Deve ter sido mesmo - nenhuma morreu e só uma foi hospitalizada.

"A umidade nos-matou. Não havia como respirar. Pensei que não terminaria. Isto é um desrespeito para com os atletas", reclamou a bielorrussa Volha Mazuronak...

A atleta tinha todas as razões estar indignada:

"Um grupo de dirigentes importantes decidiu que estes campeonatos tinham que acontecer, mas eles estão sentados no ar-condicionado ou, a esta hora, já foram dormir"...

O relógio já passava 3h00 da madrugada quando a atleta falou.

A maratona, ganha pela queniana Ruth Chepngetich em 2h32m43s...

Foi pior tempo na história dos mundiais.

O público também decepcionou...

Nada além de oficiais de polícia, gente da organização, jornalistas e meia-dúzia de estrangeiros que vivem no Catar e quiseram aplaudir atletas do seu país.

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