Esperei como deveria esperar e o fiz para que depois ninguém me acusasse de ser açodado ou ter má vontade com quem quer que seja. Mas terminado o expediente (há mesmo expediente lá?) na FNF, luzes apagadas, portas fechadas e as baratas livres para flanar faceiras e felizes, não havia nenhum pedido de regularização de nenhum novo contratado por parte do ABC FC. Portanto, o alvinegro vai terminar o campeonato com os mesmos jogadores com que iniciou a temporada e uma única novidade. Marquinhos Mossoró.
Por toda essa semana li e ouvi muito a respeito da necessidade de contratar e das dificuldades que poderiam surgir para concretizar tais contratações, muitas dessas opiniões lúcidas outras nem tanto. Toda essa polemica só aconteceu por um único fato... Nossos clubes não têm dinheiro arcar com o alto custo do futebol.
Clubes como Potiguar de Parnamirim, Corintians de Caicó, Santa Cruz e Alecrim, podem e até devem se dar ao luxo de montar equipes visando exclusivamente às disputas provincianas. Seu horizonte começa e termina por aqui mesmo, sabem que uma disputa nacional ou seria uma tragédia em relação aos resultados ou seria a pá de cal em suas finanças. Portanto, manter um elenco de baixos salários e com jogadores em início ou fim de carreira, não terá grande significado no final das contas.
Mas para América e ABC ou para Potiguar e Baraúnas as coisas são diferentes, essas agremiações já sentiram o gosto e o cheiro do Buffet servido aos grandes, seja por participarem da Copa do Brasil, seja por já terem disputado Campeonatos Brasileiros em suas três divisões. Manter a mesmice de um time para o primeiro semestre e outro para o segundo, é assegurar indefinidamente a condição de clube vai e vem, é boiar entre a terceira e segunda divisão e vez por outra contar com a sorte para ascender à divisão principal.
Times do porte de América e ABC precisam compreender que o tempo dos contratos tri mestrais ou semestrais acabou, ou você monta uma equipe para o ano inteiro e aí faz as dispensas e contratações necessárias para azeitar a “maquina” ou vai fica a ver navios como o ABC ficou nesse momento.
Qualquer jogador lúcido se negaria a vir para Natal, largando contratos em vigor, para correr o risco de vestir a camisa alvinegra por apenas duas ou quatro partidas (ninguém pode garantir quem estará ou não na final do campeonato). Caso aparecesse alguém disposto, nada mais lógico e justo que solicitasse valores altos para topar a parada. Essa é a lei basilar dos mercados, essa é, aliás, a única lei que rege o capitalismo.
Por isso o ABC não trouxe ninguém. Sei que irão aparecer aqueles que dirão, mas nosso futebol não suporta, concordo... Tanto que lá em cima, já afirmei isso! E o que fazer? Hão de perguntar... A resposta poderá parecer simplista, mas é única possível, mesmo sendo cruel. Ou buscamos mudar essa realidade ou nos conformemos com a sina do eterno subir e descer.
E como mudar? As categorias de base são o primeiro passo, devemos investir nelas, devemos profissionalizá-las, pois serão elas que irão suprir com o tempo a equipe principal. Mas para isso, é preciso uma política que dê espaço a quem se destacar que não permita que jovens promessas sejam queimadas por cronistas irresponsáveis, treinadores paneleiros e ou medrosos e torcedores cujo horizonte se estende no máximo ao auxiliar do lado oposto de onde se encontram.
É preciso acreditar e perseverar. No final da década de setenta, o Flamengo de uma só vez, entrou em campo com Leandro, Mozer, Figueiredo, Júnior, Adílio, Andrade e Zico, acreditou neles e por causa disso reinou soberano nos anos seguintes. Paralelo a isso, é preciso ter gente competente espalhada pelo país, gente que conheça do riscado e que vá a busca de novos talentos que queiram e precisem subir na vida. Não descarto a contratação de jogadores experientes, mas há que haver critério, há que haver algo além de um currículo vasto e um nome conhecido. Afinal, futebol é momento e se isso é verdade, o critério deve ser esse e tão somente esse.
Por toda essa semana li e ouvi muito a respeito da necessidade de contratar e das dificuldades que poderiam surgir para concretizar tais contratações, muitas dessas opiniões lúcidas outras nem tanto. Toda essa polemica só aconteceu por um único fato... Nossos clubes não têm dinheiro arcar com o alto custo do futebol.
Clubes como Potiguar de Parnamirim, Corintians de Caicó, Santa Cruz e Alecrim, podem e até devem se dar ao luxo de montar equipes visando exclusivamente às disputas provincianas. Seu horizonte começa e termina por aqui mesmo, sabem que uma disputa nacional ou seria uma tragédia em relação aos resultados ou seria a pá de cal em suas finanças. Portanto, manter um elenco de baixos salários e com jogadores em início ou fim de carreira, não terá grande significado no final das contas.
Mas para América e ABC ou para Potiguar e Baraúnas as coisas são diferentes, essas agremiações já sentiram o gosto e o cheiro do Buffet servido aos grandes, seja por participarem da Copa do Brasil, seja por já terem disputado Campeonatos Brasileiros em suas três divisões. Manter a mesmice de um time para o primeiro semestre e outro para o segundo, é assegurar indefinidamente a condição de clube vai e vem, é boiar entre a terceira e segunda divisão e vez por outra contar com a sorte para ascender à divisão principal.
Times do porte de América e ABC precisam compreender que o tempo dos contratos tri mestrais ou semestrais acabou, ou você monta uma equipe para o ano inteiro e aí faz as dispensas e contratações necessárias para azeitar a “maquina” ou vai fica a ver navios como o ABC ficou nesse momento.
Qualquer jogador lúcido se negaria a vir para Natal, largando contratos em vigor, para correr o risco de vestir a camisa alvinegra por apenas duas ou quatro partidas (ninguém pode garantir quem estará ou não na final do campeonato). Caso aparecesse alguém disposto, nada mais lógico e justo que solicitasse valores altos para topar a parada. Essa é a lei basilar dos mercados, essa é, aliás, a única lei que rege o capitalismo.
Por isso o ABC não trouxe ninguém. Sei que irão aparecer aqueles que dirão, mas nosso futebol não suporta, concordo... Tanto que lá em cima, já afirmei isso! E o que fazer? Hão de perguntar... A resposta poderá parecer simplista, mas é única possível, mesmo sendo cruel. Ou buscamos mudar essa realidade ou nos conformemos com a sina do eterno subir e descer.
E como mudar? As categorias de base são o primeiro passo, devemos investir nelas, devemos profissionalizá-las, pois serão elas que irão suprir com o tempo a equipe principal. Mas para isso, é preciso uma política que dê espaço a quem se destacar que não permita que jovens promessas sejam queimadas por cronistas irresponsáveis, treinadores paneleiros e ou medrosos e torcedores cujo horizonte se estende no máximo ao auxiliar do lado oposto de onde se encontram.
É preciso acreditar e perseverar. No final da década de setenta, o Flamengo de uma só vez, entrou em campo com Leandro, Mozer, Figueiredo, Júnior, Adílio, Andrade e Zico, acreditou neles e por causa disso reinou soberano nos anos seguintes. Paralelo a isso, é preciso ter gente competente espalhada pelo país, gente que conheça do riscado e que vá a busca de novos talentos que queiram e precisem subir na vida. Não descarto a contratação de jogadores experientes, mas há que haver critério, há que haver algo além de um currículo vasto e um nome conhecido. Afinal, futebol é momento e se isso é verdade, o critério deve ser esse e tão somente esse.
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