Imagem: Diário Deportivo OléA bola é oval, as regras são outras, mas não se consegue jogar rúgbi sem que o coração assuma o comando. Foi exatamente isso que aconteceu com a seleção Argentina, ou melhor, com "Los Pumas" no mundial realizado na França e que terminou hoje com a partida final entre Inglaterra e África do Sul.
Ao vencer a França dona da casa na decisão do terceiro lugar por 34x10, a Argentina conquistou mais que um mero terceiro lugar, conquistou o direito de posar entre os melhores e de ganhar definitivamente o respeito dos adeptos e praticantes do esporte em todo o mundo.
Esse foi um campeonato que vai entrar para a história, os “monstros sagrados” do rúgbi, Austrália e Nova Zelândia ficaram pelo caminho e a Argentina foi à primeira equipe sul americana a chegar entre os quatro melhores do planeta.
Para se ter uma idéia dessa conquista, o irreverente, mas excelente Diário Deportivo Olé deixou de lado a irreverência e proclamou cheio de orgulho que “estos Pumas nos hicieron transcender”, mas a frente em tom emocionado, o redator completa, “hermanos abrazados y em lágrimas, uno final merecido”.
Quem está acostumado a ler o Diário Olé ou qualquer outra publicação esportiva Argentina, verá que não foi usado o mesmo tom de soberba, aliás, tão comum lá quanto cá quando o assunto é futebol... O que se sente nas páginas dos jornais e das revistas, são orgulho, admiração, surpresa e uma enorme gratidão aos Pumas e sua heróica e histórica presença na França.
Escrevo em homenagem ao leitor Oscar Alberto Rodriguez, argentino e ex jogador de rúgbi que vez por outra navega por essas páginas. Mas não podia esquecer “Don Carlito”, um argentino que tinha uma pizzaria aqui em Ponta Negra, torcedor do River Plate e que me ensinou que quando o River joga seus torcedores não vão a uma partida de futebol, mas sim ao Monumental de Nuñez ver e ouvir a Banda Tocar...
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