A força que o Flamengo tem é simples de ser explicada, não precisa nenhuma tese elucubrada nos porões de Harvard ou Sorbonne, não é necessário mais que alguns minutos de pesquisa no Google sobre a história do rádio, das comunicações e dos homens que a construíram para que tudo fique claro como um dia de sol em Touros. O Flamengo é fruto da suas conquistas e do poder das ondas radiofônicas que cruzaram esse país de norte a sul e de leste a oeste nos primórdios das transmissões esportivas. O Flamengo é fruto dos homens que as comandavam nos bastidores ou que empunhando o microfone, faziam suas vozes chegar aos mais distantes pontos do Brasil.
No rastro da radiofonia seguiu o futebol carioca. Será preciso explicar que foi no Rio de Janeiro, então capital do país que o rádio surgiu mais forte? Será preciso contar a história da Rádio Nacional e suas poderosas antenas de ondas médias e curtas a bombardear o Brasil com notícias sobre o governo brasileiro e a cidade onde estava instalado?
Pois foi assim meus amigos que o vírus foi inoculado, sem nenhuma dor, mas forte o bastante para durar e se perpetuar. Esquecem os nossos homens de comunicação, que as primeiras redes de TV foram instaladas no Rio de Janeiro e que seu primeiro homem forte, não foi Roberto Marinho da Rede Globo, mas um paraibano chamado Assis Chateaubriand. Imagino que nossos comunicadores entendam que uma TV instalada no Rio na década de 50, falasse primordialmente no Rio e que por essa simplória razão a cidade acabasse ficando marcada como um ícone.
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