A galera...
16.000 espectadores, bandeiras, balões, fogos, gritos e canções... Assim começou à tarde no Estádio do ABC e assim foi até o fim da partida. Mas como nem tudo pode ser perfeito, antes do jogo uma parte da torcida do ABC aglomerada fora do estádio resolveu provocar os jogadores do Bahia que chegavam. Se ficassem apenas nos gritos e apupos seria compreensível, afinal essas coisas fazem parte do cenário de uma partida de futebol. Porém, como tem sempre um ou outro espírito de porco, alguém resolveu jogar uma garrafa contra o ônibus, outros seguiram o péssimo exemplo e a polícia não teve alternativa, sentou a borracha na rapaziada. Dentro do estádio o clima era bem diferente, havia confiança, havia quase que uma certeza de vitória. Mesmo quando o Bahia empatou, os alvinegros não silenciaram, empurraram seu time e cantaram. No gol que selou a classificação do ABC para o octogonal o estádio “explodiu” num longo de delirante grito de gol. Abraços efusivos foram trocados e nem quando o juiz deu por encerrado o jogo a galera calou. Já haviam se passado mais de 40 minutos do fim do jogo e ainda havia torcedores festejando dentro do estádio, na rua as buzinas eram disparadas, as bandeiras tremulavam e alguns choravam... Foi uma tarde bonita sim senhor, foi à tarde em que o ABC conquistou seu lugar entre os oitos finalistas da Série C.
O Bahia...
Não é nem de longe um time que possa assustar ninguém, sua defesa é medíocre como o pagode da banda é o Tchan. Seu meio campo atravessa como atravessam as Asas de Águias e Chicletes com Banana que infestam a juventude com o vírus da pobreza musical e seu ataque se movimenta como se movimentava a Carla Perez, cheia de requebros, mas nenhuma vocação para arte de dançar.
Porém, não se pode deixar de notar a grande contribuição que Arturzinho deu ao substituir Charles por Amauri. Se o Bahia tinha alguma esperança de manter o resultado, com a saída de Charles essa esperança se foi. Seu substituto foi uma caricatura, não marcou, não lançou e não chutou. No máximo, conseguiu tropeçar na bola e cair a cada chegada de um defensor do ABC. Enfim, Arturzinho ensinou em poucos minutos como se perde um jogo com apenas uma substituição. Charles e Carlos Alberto foram os destaques desse time feinho do Bahia. Caso o tricolor continue na Série C, não estará sendo injustiçado de forma nenhuma.
O ABC...
Nego fez falta sim, e como fez... Mas se Nego não pode jogar, Wallyson pode e jogou como sempre. Veloz, habilidoso e certeiro, o avante do ABC calou seus críticos e provou ser um jogador pronto para brilhar. Mas quem mudou o ritmo do jogo e tocou fogo na partida foi Eder, que entrou no lugar de Denis. A vitória diante do Bahia mostrou que a equipe alvinegra tem determinação de sobra e que essa determinação supre algumas deficiências e será arma poderosa nos jogos do octogonal.
Um comentário:
Fernando Amaral....
Xará, xará mesmo. Sou Fernando Amaral, desde 1972. Visite nosso blog: www.osbolonistas.zip.net
Escrevo lá. Tenho uma "Coluna do Amaral".
E parabéns pelo ABC!
Abraço,
Fernando Amaral, outro.
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