Mesmo dominados pela força das armas, do dinheiro e da tecnologia branca, os Maoris permaneceram altivo e orgulhos e, com o tempo, sua cultura permeou a sociedade neozelandesa e hoje, muitas das tradições maoris, fazem parte da vida dos brancos descendentes do colonizador inglês.
O Haka é uma dança ritual dos Maoris, realizada antes das batalhas, frente a frente com o inimigo, com objetivo de proclamar sua força e bravura, além, é claro, intimidar...
Hoje, seus maiores divulgadores são os All Blacks, equipe de rúgbi que representa a Nova Zelândia e é considerada uma das melhores, se não, a melhor do mundo.
Incorporada pelos All Blacks no início do século XX, o Haka é por eles dançado antes das partidas, da mesma forma como os antigos maoris o faziam.
No vídeo abaixo, vocês poderão ver o Haka Kapa o Pango, antes da partida contra a Austrália, conhecida como Wallabies (o Wallabie é um marsupial australiano, que apesar de semelhante, não é um canguru).
O interessante é observar que os All Blacks “incorporam o espírito” Maori e lançam o desafio em direção aos gigantes australianos com extremo vigor...
Nos jogos contra a Irlanda, País de Gales e Inglaterra, o clima costuma esquentar mesmo, pois é comum que as seleções desses países, avancem em direção aos All Blacks, prontos para o combate.
No Brasil o rúgbi é um esporte pouco difundido, mas quem o conhece, sabe o quanto o jogo é emocionante e envolvente.
Os All Blacks são uma lenda, são mais que atletas, são guerreiros que fazem de qualquer partida um combate e fazer parte da seleção neozelandesa, não é para qualquer um...
Jonah Lomu, o maior artilheiro da Copa do Mundo de Rúgbi a maior estrela da história recente dos All Blacks representa bem o que é ser um All Black.
No auge da carreira, Jonah teve diagnosticada uma doença chamada Síndrome Nefrótica, que acomete os rins e promove a perda exagerada de proteínas.
Jonah precisou submeter-se a hemodiálise, que acabou por lhe causar sérios danos nervosos em suas pernas e pés.
Por recomendação médica, Jonah passou por uma cirurgia de transplante renal e ao se recuperar dos efeitos da anestesia, declarou que voltaria a jogar...
Mas como todo bom guerreiro, teve ainda que enfrentar uma fratura de tornozelo, uma séria contusão no ombro e vencer a resistência das comissões antidoping, a um dos remédios que era obrigado a tomar para evitar a rejeição ao rim transplantado.
Jonah voltou a jogar, mas infelizmente a doença não permitiu que ele jogasse a Copa do Mundo de Rúgbi de 2007 e então, Jonah encerrou a carreira.
Um comentário:
Definitivamente, o espírito guerreiro faz parte do esporte.
Raça, espírito de luta, superação, garra, fibra...
Tudo isto faz parte do espírito humano e também do esportivo.
Talvez aí uma razão para o sucesso dos esportes na cultura moderna.
Precisamos de mais esportes, mais cultura e menos armas, menos violência (grande novidade!).
Mas é isso...
Sds Alvinegras.
Abecedista.
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