ABC 1x2 Vitória...

Marcar para as 22 horas um jogo de futebol é algo tão absurdo, que só mesmo em Pindorama pode acontecer...

Ainda assim, 13 mil alvinegros, saíram de suas casas e se dirigiram ao estádio Maria Lamas Farache, na expectativa de conquistar o inédito título de Campeão do Nordeste.

Seria o terceiro título seguido, seria a glória, seria o céu em vida...

Infelizmente, desta vez, não havia uma pedra no caminho e sim, uma rocha... e aí, o sonho acabou...

Quando a partida chegou ao fim uma enorme frustração tomou conta de todos os alvinegros – a conquista do Campeonato Estadual, a Taça de Campeão Brasileiro da Série C e a consequente ascensão a Série B, havia deixado a impressão que o ABC era imbatível em seus domínios e que sua equipe era forte o bastante para dobrar qualquer adversário dentro de casa...

A equipe não era imbatível e nem o estádio Maria Lamas Farache é uma fortaleza inexpugnável...

Por outro lado, o Vitória não é o América, o Alecrim, o Santa Cruz ou o Potiguar de Mossoró e, nem tão pouco, é o Salgueiro, o Águia ou o Ituiutaba...

Bem ou mal, desfalcado ou não, o Vitória tem um peso bem acima dos adversários anteriores.

E a virada de 2x1, provou isso...

Em relação ao ABC, o que se pode dizer é que alguns jogadores que vestiram a camisa do alvinegro na Série C e que ontem, não jogaram: fizeram sim, falta à equipe, mas não há como saber se suas presenças mudariam a história do jogo.

Dizer que o alvinegro foi dominado e encurralado pelo Vitória, seria uma afirmativa tão absurda quanto o horário em que a partida foi disputada...

Mas, o ABC poderia ter aproveitado as inúmeras chances que perdeu e, com isso, poderia ter tido melhor sorte...

Entretanto, analisar um jogo de futebol ou qualquer outra coisa, com base no condicional ou na sorte, é privilégio de quem frequenta as arquibancadas – o “se” e a “sorte”, se levados em consideração, tornariam o mundo em que vivemos um lugar irreconhecível para nós mesmos.