quinta-feira, dezembro 02, 2010

Aos poucos, os vassalos se ajoelham perante ao soberano...


O titulo de campeão do nordeste acabou embarcando como o Vitória para Salvador e ao que parece, a capital baiana será sua morada definitiva...


A grande ironia é que quem abriu essa possibilidade foi o maior rival do Vitória, o Bahia.


Essa inusitada situação começou a ser desenhada, quando a notícia da desistência do Bahia em participara da edição do Campeonato do Nordeste de 2011, foi anunciada.


A desculpa do presidente do tricolor, Manoel Guimarães Filho foi o fato da competição não constar do calendário da CBF, não ter o apoio do clube dos 13 e a forma confusa como foi disputada este ano.


Não quero entrar no mérito da questão, mas deixo claro que sempre tive minhas dúvidas quanto ao sucesso da ressuscitada competição.


Nunca engoli a facilidade com que a CBF aceitou o acordo...


Depois, fiquei com o pé atrás quando o acordo foi divulgado e fomos informados que havia sido estabelecido um prazo de validade de três anos...


Entretanto, quando a Federação Pernambucana de Futebol começou a bater o pé, exigindo que a Liga dos Clubes do Nordeste, adequasse a competição aos seus interesses, percebi que o fim estava próximo...


Carlos Alberto, o manda chuva do futebol pernambucano, passou a ser a “cabeça de ponte” da CBF em sua estratégia para liquidar a recém-ressuscitada competição...


Mesmo que não concorde com Carlos Alberto, pelo menos, sua posição submissa e subserviente a CBF, nunca deixou dúvida.


Já a Federação Baiana de Futebol e por consequência, seus clubes, deram uma aula de comportamento dubio...


O discurso era de apoio aos clubes, mesmo que os oradores soubessem que o que diziam tinha o valor de uma nota de três reais.


Por fim, a saída precoce de Eduardo Rocha da presidência da Liga, me deu a certeza que havia algo de podre nos 18% do território brasileiro que ousara desafiar Ricardo Teixeira.


Honestamente, por mais que tente ser otimista, não vejo como dar prosseguimento à ideia de fazer avançar a competição, sem a presença de Sport, Náutico, Santa Cruz e Bahia – por enquanto!


Sem os “primos ricos”, o Campeonato do Nordeste não vale uma pataca furada...


O mercado não vai investir nenhum tostão num negócio cujas praças de maior potencial econômico estejam fora...


Portanto, o sonho de Eduardo Rocha chega ao fim de uma forma melancólica...


Porém, o pior mesmo foi descobrir que no futebol, o sonho de um nordeste unido, é apenas um sonho oco e sem nenhuma sustentação – coisa que, aliás, o Piauí e o Maranhão descobriram quando foram solenemente ignorados por seus “irmãos”.



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