domingo, abril 17, 2011

Na semana que passou, o estresse tomou conta dos dirigentes...


Essa semana o Dr. José Wilson, diretor jurídico do ABC, provavelmente tomado por uma dose de irritação e paixão fez uma declaração no “DnOnline”, se referindo ao processo trabalhista que os ex-jogadores, Bem Hur e Bosco movem contra o clube, que me causou espanto.


"Os acordos feitos com os jogadores (Ben Hur e Bosco), ainda na gestão do presidente Judas Tadeu, estavam sendo cumpridos quando eles simplesmente resolveram colocar os seus supostos direitos trabalhistas na justiça, deixando de levar em consideração a mudança que houve na direção administrativa do clube".


Até onde sei os acordos firmados na gestão do presidente Judas Tadeu, realmente estavam sendo cumpridos, mas logo após a nova diretoria do ABC tomar posse, esses acordos foram interrompidos...


Não cabe aqui, discutir o mérito da questão, ou estabelecer pré-julgamento: entretanto, é desnecessário dizer, que o processo de continuidade administrativo do clube, não deveria ser paralisado...


Afinal, mudanças são normais e por serem assim, não há razão que justifique a suspenção dos acordos anteriormente firmados.


Ou estou errado?


É licito imaginar que a nova diretoria ao assumir, tenha se tornado responsável, tanto pelos ativos, quanto pelos passivos?


Creio que sim!


Portanto, só posso acreditar que o Dr. José Wilson, tenha se amparado em tal argumento, apenas com base na profunda paixão que todos sabemos ter ele pelo clube e, na irritação que coisas assim costumam causar.


Outro que me surpreendeu foi o diretor de futebol do América, Jalvan Andrade...


Descontente com o fato de o treinador Flávio Lopes ter reclamado com os jornalistas a ausência no CT do América, Jalvan fez a seguinte declaração:


“O futebol mudou é o técnico Flávio Lopes ainda não entendeu isso. Antigamente não tínhamos um serviço de marketing e hoje temos. Diretor de clube e presidente não é pra estar em Centro de Treinamento”.


E, mais, chegou a dizer que o treinador ao fazer a reclamação, estaria demonstrando desatualização ou má fé...


Por partes então:


Na verdade, no Brasil, apenas alguns clubes mudaram ou, estão mudando... a esmagadora maioria ainda vive na “idade média” futebolística...


Quantos clubes são autossustentáveis no Brasil?


Quantos atrairiam investimentos internos e externos, caso tivessem ações na bolsa de valores?


Quantos têm crédito junto a instituições financeiras, sem restrições?


Provavelmente, nenhum...


Mas, se a pergunta for:


Quantos ainda vivem de empréstimos ou doações de presidentes, conselheiros ou torcedores abastados, a resposta é simples; quase todos!


Se insistirmos em questionar, coisas como:


Quantos atrasam salários?


Quantos assinam carteiras de trabalho com salários abaixo do combinado para fugir dos encargos sociais?


Quantos vivem a fazer “vaquinha com torcedor”, rifas e promoções do tipo: venha ao estádio, traga sua mulher e sua sogra e ganhe três pastéis e três garapas?


Veremos que a resposta será a mesma anterior: quase todos!


Portanto, o futebol não mudou tanto assim – ao menos no que se refere à gestão, ou seria má gestão?


Jalvan se refere a um possível departamento de marketing, como “serviço de marketing” e, afirma que isto hoje, é uma realidade:


Aonde cara pálida?


Quantos clubes no Brasil sabem realmente o que é marketing de relacionamento?


Quantos sabem ao menos, o que é marketing?


Poucos, pouquíssimos...


Na verdade, não passam de quatro ou cinco, se tanto.


Por fim, Jalvan diz que lugar de presidente e de diretor não é em CT...


Concordo, mas com restrições...


O diretor de futebol, no modelo de gestão da maioria dos clubes brasileiros, tem sim que estar diariamente no CT, pois é o único que pode resolver problemas e, no futebol brasileiro, a maioria dos problemas só se resolve mexendo no bolso do diretor ou diretores...


Supervisor, normalmente é empregado do clube e normalmente, também está com seus salários em atraso e, caso não esteja, dificilmente terá um bolso tão fundo a ponto de poder dar solução aos inúmeros “pepinos” que surgem a cada hora.


Agora, há um dado relevante que quero dividir com todos...


Emilio Butragueño, vice-diretor desportivo do Real Madrid, pode ser encontrado todos os dias no Centro de Treinamento do clube...


Christian Nerlinger, diretor de esportes do Bayern de Munique, pode ser encontrado todos os dias no CT...


E, todos os diretores ligados ao futebol, seja profissional ou amador, podem ser encontrados todos os dias nos CT’s de seus clubes, na Europa...


A diferença é que lá, eles não coçam o bolso: existem verbas locadas para cada setor especifico e, se aparecer um “pepino de última hora”, os caixas têm lastro para equacioná-los.


Essa é outra declaração que só pode ser compreendida se analisada levando-se em conta o profundo estresse vivido por Jalvan.



3 comentários:

Anônimo disse...

Ninguém falou que a nova diretoria quis que Ben-Hur entrasse na justiça do trabalho por que a nova diretoria não queria um jogador de confiança de Tadeu no plantel. Essa é a verdade que ninguém disse.

Tinham que tirar o filho de Tadeu da jogada.

Sufocaram Ben-Hur até a última respiração e o cara não aguentou mais, contudo ninguém fala isso.

Os atuais dirigentes do ABC foram geniais, mas 0,1% dos torcedores do ABC raciocinam e não acreditam no que dizem por aí.

Pergunte a Tadeu que ele explica o descaso que a nova administração tratou ele e o caso Ben-Hur.

A nova diretoria não queria o filho de Tadeu, não queria Ben-Hur.

Anônimo disse...

A nova diretoria disse que Ben-Hur poderia entrar na justiça do trabalho que não tinha nada não...Isso deixou Tadeu louco da vida pois isso era justamente o que Tadeu não fazia e era por isso que o ABC não tinha processo contra o alvinegro.

A nova diretoria queria um processo de Ben-Hur para queimar Tadeu, isso ninguém vê.

Anônimo disse...

É incrível como a imprensa do RN mudou da água para o vinho. Na época de Tadeu os canhões estavam apontados para o ABC, mas agora estão só com beijinhos. Motivo ? Adinhoooooooooooooooooooouuuuuuu