Hoje na Livraria do Campus, encontrei alguns amigos e entre um cafezinho e outro, conversamos sobre o recuo do sindicado em relação à deflagração da greve que estava prevista para os próximos dias e sobre o que cada um pensava a respeito da nova reitora, a professora Ângela Paiva Cruz...
Porém, papo vem, papo vai e alguém me perguntou, porque nunca ou quase nunca, escrevo no blog minha opinião sobre os jogadores que chegam a Natal, contratos para reforçar nossas equipes...
Respondi contando uma história que repasso agora para os leitores do Fernando Amaral FC.
No final de 1981, início de 82, tínhamos acabado de disputar mais uma das acirradas peladas que costumávamos jogar nas tardes de sábado no estacionamento do bloco F da Super Quadra Sul 214, em Brasília...
O resultado daquele jogo, eu não lembro...
Mas me recordo que rolava um acalorado debate sobre como o “Nanico”, havia marcado de forma desleal o Walter...
“Nanico” dizia que o Walter era muito sensível e o Walter quase pulando em sua garganta, retrucava mostrando os arranhões que sofrera ao cair no asfalto, depois de levar umas quatro ou cinco “bandas” de seu implacável marcador.
Walter era troncudo, habilidoso e “pau para toda obra”, enquanto o “Nanico”, era aguerrido, briguento, bom de bola, mas jamais perdia uma “viagem” - sempre achei que ele adorava bater e jogar, porém, não necessariamente nessa ordem.
Minhas canelas, ainda se arrepiam quando penso naqueles “clássicos” e nas divididas com o baixinho atrevido e pouco afeito a firulas na hora de recuperar a bola.
Pois bem, acalmados os ânimos, a conversa enveredou para a segunda coisa que mais gostávamos depois do futebol: as meninas (dependendo do dia e da hora, havia uma inversão de prioridades).
O Júlio todo empolgado fazia comentários elogiosos, mas pouco cavalheirescos sobre as belas coxas que sustentavam o belo traseiro da irmã de Ronaldo, quando o Wilton, sem motivo aparente disparou: “porra, ontem me chamaram para ver uma banda tocar e, foi uma merda”...
E sem deixar espaço para nenhuma pergunta, prosseguiu: “os caras tocam mal para cacete e o cantor é muito ruim”!
Lá de trás, uma voz questionou: “como é o nome dessa merda”?
E o Wilton disse: “Aborto Elétrico”...
Depois de alguns segundos de silencio, todos riram e mais calmo o Walter concluiu: “também, com um nome desses”...
Algum tempo depois, o Aborto Elétrico se desfez e o cantor que se chamava Renato Russo, formou uma banda conhecida como Legião Urbana e Fê Lemos, que havia brigado com Renato, formou outra banda, chamada Capital Inicial...
Moral da história:
Ainda bem que o Wilton foi morar na França e hoje trabalha na Unisys, onde dá consultoria e suporte para clientes em toda a Europa...
Tivesse escolhido a critica musical como seu sustento, estaria passando fome.
Portanto, desde então, costumo ser cauteloso com aquilo que não vi ou que vi uma, duas ou três vezes...
Não quero correr o risco de repetir o bom e velho, Wilton.
2 comentários:
tem umjornalista paraibano,que foi assitir
um show de uma cantora que estava apenas começando a sua carreira musical, e disse no outro dia que essa cantora não tinha talento para ser cantora, hoje ela canta e encanta com sua voz única, Elba Ramalho.
É amigos, a história e a História por vezes aprontam...
Até a próxima.
José Leonardo
DO BLOG
www.musicadogol.blogspot.com
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