Arte Digital: Fernando Amaral
Bom, para 2011 o jogo terminou...
Agora, é sacudir a poeira e
retomar o caminho onde mais 365 dias nos esperam.
Pessoalmente não posso reclamar
de 2011, não mesmo...
Em janeiro chegou Pietra, minha
netinha número dois...
Agora, tenho duas mulheres a quem
amar e por quem viver.
Beatrice a minha netinha número um
a cada dia fica mais bonita, mais viçosa e logo, logo, vai matar seu velho avô
de ciúmes.
Meu filho Alexandre, passo a
passo vai construindo um futuro sólido e promissor...
Minha nora, moça bonita lá das
bandas de Mossoró, me encanta com sua dedicação e com a forma como cuida dos
meus.
Minha irmã Jaqueline, minha
sobrinha Natália e minha segunda mãe, Maria Lúcia, cuidam de suas vidas sem me
causar preocupação ou desassossego...
Dona Graça, minha fiel escudeira
está de férias, mas já há vi e ela está toda serelepe cuidando de não cuidar de
muita coisa... Ela merece.
No trabalho, a tempestade passou,
e eu, que permaneci sereno diante da borrasca que varreu tudo o que construí,
agora, sob a luz do sol e diante de dias mais amenos, recomeço e reconecto
ponto por ponto o que foi desconectado.
Valeu a pena saber esperar.
A grana, até que não foi das piores,
mas como grana nunca foi um fetiche para mim, tivesse sido, contada como sempre
foi em minha vida, não me faria infeliz e nem sorumbático...
Sempre acabei tendo aquilo que
desejei, pois aprendi a juntar as partes e com elas formei o todo necessário.
Amigos: perdi alguns, mas ganhei
outros...
Porém, aqueles se afastaram
certos ou errados, deixaram saudade...
Já aqueles que chegaram, foram
bem-vindos...
Os recebi a todos como sempre
faço...
Sem maquiagem, sem texto pronto,
sem cenário montado e sem nenhum medo de ser o que sou.
Os velhos amigos, esses, me
conhecem, sabem de cada defeito, de cada mancada ou tropeção, mas generosos que
são, deixaram que minhas poucas virtudes pesassem mais e ainda caminham ao meu
lado.
Reflexões, ah, as reflexões...
Como algumas foram difíceis, como
foi sofrido ter que reconhecer erros medíocres e grandes...
O mais duro é saber que alguns
desses erros, não podem mais ser consertados.
Por outro lado, encontrei em meus
momentos comigo mesmo, coisas das quais me orgulhei...
Coisas que fiz sem esperar por
nenhuma retribuição e coisas que fiz por crer serem elas, justas...
O bem e o mau, sempre caminham
juntos e não foi diferente comigo nesse ano que agora finda.
No entanto, me alegro e até me
permito uma ponta de soberba ao afirmar de cabeça erguida que permaneço “virgem”,
pois nenhum principio foi violado, nenhuma desonra e nem nenhuma mácula mancharam
os 365 dias que escoam em direção à eternidade.
Continuo podendo andar sem
precisar baixar os olhos ou buscar as sombras.
Enfim, mesmo que aqui e ali,
tenha algum reparo para ser feito, minha relação com meus semelhantes não foi
um fracasso.
Por fim, resta um único
assunto...
O amor ou os amores como alguns
gostam...
Não rolou.
Não consegui encantar ninguém que
me encantasse...
Aliás, as poucas por quem me
encantei, nem perceberam e se o fizeram, foram gentis o bastante para evitar
uma desilusão.
Mas não tomem isso como um lamento ou
choramingo...
Se não pude caminhar de mãos
dadas ou tomar um sorvete apreciando o por do sol com minha cabeça encosta no
ombro macio e aconchegante da mulher amada...
Pude na escuridão fechar meus
olhos e dançar as músicas que inventei, tendo em meus braços, a doce e meiga
solidão.
Feliz Ano Novo para todos e que
tudo o de melhor lhes aconteça.
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