Demorei a postar algo sobre a
final do mundial da FIFA disputada hoje pela manhã em Yokohama no Japão, mas é
da minha natureza, primeiro deixar passar o calor do momento para só então
sentar e escrever.
Gosto de pensar antes e gosto de
discutir comigo mesmo...
Analisar com mais detalhes e
reavaliar posições fortalece.
Mas, vamos lá...
Quando a partida começou, não
tinha a menor dúvida de quem seria o vencedor...
Não me enganei...
O que vi foi um tranquilo passeio
azul e grená.
Nos 90 minutos de jogo, o Barcelona reteve a bola em seu poder 79% do tempo e marcou quatro gols...
Já o Santos ficou sem saber o que fazer nos 29% restantes.
O Santos saiu do Brasil em busca
de sua terceira estrela, acabou não conquistando a que queria, mas viu muitas:
onze no campo adversário e as outras tantas, ficaram rondando a volta da
inchada e tonta cabeça de seus jogadores, dirigentes e torcedores.
O Barcelona desconstruiu o mito
do menino muito bom de bola, ainda candidato a gênio, mas já elevado à condição
de “Deus” por gente ansiosa por ter nos gramados alguém para louvar.
Neymar, na noite japonesa e na
manhã brasileira, sumiu, desapareceu e ficou reduzido à condição de craque
solitário de um time que se assusta no Brasil e no seu continente, pouco ou
quase nada, incomoda aos grandes europeus.
Mas mesmo assim, não me venham
com essa história de que o Santos envergonhou o Brasil...
Não sejam tão medíocres e nem
bobocas...
Corinthians, Vasco, Flamengo,
Internacional, Grêmio, Palmeiras, Fluminense, Botafogo ou qualquer outro membro
da Série A, perderia na manhã de hoje.
Se o Barcelona, o Real Madrid, o
Bayer de Munique, o Manchester United, o City ou o Milan e a Internazionale
jogassem na nossa primeira divisão, nos sobraria apenas as vagas para a
Sul-Americana.
Portanto, não me venham com a
história que Muricy Ramalho foi covarde... queriam o que?
O Santos jogando para frente,
peitando o Barcelona?
Tenham paciência...
A surra seria absurdamente maior.
Por que nós, temos tanta
dificuldade de reconhecer que outro foi melhor?
Por que nos custa tanto, simplesmente
dizer: perdemos para um gigante e ponto final.
O Barcelona venceu sem fazer nenhum
esforço e o Santos, segundo disse Juca Kfouri: “foi tratado como um Bétis
qualquer, apenas para lembrar os que desdenham da facilidade do Campeonato
Espanhol”.
Serenos, superiores e senhores da
situação, os comandados de Pepe Guardiola apresentaram um recital.
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