quarta-feira, dezembro 07, 2011

Ronaldo e sua fenomenal declaração em defesa dos gastos nos estádios da Copa do Mundo...



Ronaldo, talentoso e admirável, jogador de futebol encerrou sua carreira...

Pendurou as chuteiras, mas não se afastou do mundo da bola...

Aliou-se a Andrés Sanches, presidente do Corinthians, passou a cuidar da imagem e da carreira de inúmeros esportistas e por fim, tornou-se o homem forte de Ricardo Teixeira no Comitê Organizador da Copa do Mundo de 2014.

Há poucos dias, Ronaldo em sua primeira declaração oficial como representante do comitê, afirmou que uma Copa do Mundo “não se faz com hospitais, mas com estádios”.

Obrigado Ronaldo, foi bom você nos esclarecer...

Certamente você nos considera completamente ignorantes neste assunto e então, aproveitou resposta endereçada aos que criticam os absurdos valores gastos na construção e na reforma de estádios em detrimento dos nosocômios pátrios, para nos alertar...

Entretanto, sua resposta simplista me remeteu a uma declaração de um colega seu, o também ex-jogador de futebol, Thierry Henry, durante a Copa do Mundo de 2006 realizada na Alemanha – aquela em que Zinedine Zidane lhe deu um belíssimo lençol e depois, milimetricamente, colocou a bola nos pés do Henry para que ele completasse sozinho para as redes e nos mandasse para o espaço, enquanto seu amigo e companheiro Roberto Carlos, buscava um visual mais elegante, arrumando as meias.

Você se lembra do que disse Thierry Henry?

Eu sim!

Ao ser questionado sobre a indiscutível habilidade dos brasileiros no trato com a bola, seu colega, Henry, disse o seguinte:

"Os brasileiros praticam futebol desde que nasceram. Eles jogam futebol durante todo o dia. Mas, os franceses não faziam isso. Estudávamos oito horas por dia e quando perguntávamos para nossas mamães se elas deixariam a gente jogar bola, a resposta era só uma: não”.

A reação por aqui, foi como sempre, patriótica, emocional e estúpida...

Como se Henry tivesse dito alguma mentira cabeluda...

O tempo passou e ao passar, mostrou que Henry estava coberto de razão.

Se você, assim como a maioria de seus colegas no Brasil, tivesse tido a oportunidade e a obrigação de passar ao menos cinco horas numa sala de aula, talvez hoje, você não fosse tão simplista em sua defesa do indefensável.

É bem provável que essas horas na escola, se aproveitadas, pudessem ter colocado você no mesmo patamar intelectual de um Michel Platini: aquele que presidiu o comitê organizador da Copa da França, sem máculas ou superfaturamentos e que posteriormente, foi eleito presidente da UEFA, a mais rica, organizada e próspera das confederações continentais e que no momento, é o nome mais forte para concorrer à presidência da FIFA, contra seu amigo, guru e protetor, Ricardo Teixeira – aquele que há algum tempo atrás, numa entrevista a televisão, você chamou de duas caras.

Sobre a Copa do Mundo da França, creio eu, não será preciso lhe lembrar de que foi aquela que você depois de sofrer convulsões, foi para o campo, assistir Zinedine Zidane comandar a maior derrota imposta a uma seleção brasileira numa Copa do Mundo.


2 comentários:

Anônimo disse...

Fernando,
O Henry ainda está em atividade. Ele joga no New York Red Bulls, dos EUA.

Quanto à frase de Ronaldo, não resta nada a dizer, só posso lamentar.

Saudações,
Rodrigo.

Anônimo disse...

Acaba não mundão !!!! Sem palavras, estou fazendo uam desintoxicação mental quando leio seu blog .

Um abraço