Ronaldo, talentoso e admirável,
jogador de futebol encerrou sua carreira...
Pendurou as chuteiras, mas não se
afastou do mundo da bola...
Aliou-se a Andrés Sanches, presidente
do Corinthians, passou a cuidar da imagem e da carreira de inúmeros esportistas
e por fim, tornou-se o homem forte de Ricardo Teixeira no Comitê Organizador da
Copa do Mundo de 2014.
Há poucos dias, Ronaldo em sua
primeira declaração oficial como representante do comitê, afirmou que uma Copa
do Mundo “não se faz com hospitais, mas
com estádios”.
Obrigado Ronaldo, foi bom você
nos esclarecer...
Certamente você nos considera
completamente ignorantes neste assunto e então, aproveitou resposta endereçada aos
que criticam os absurdos valores gastos na construção e na reforma de estádios
em detrimento dos nosocômios pátrios, para nos alertar...
Entretanto, sua resposta
simplista me remeteu a uma declaração de um colega seu, o também ex-jogador de
futebol, Thierry Henry, durante a Copa do Mundo de 2006 realizada na Alemanha –
aquela em que Zinedine Zidane lhe deu um belíssimo lençol e depois,
milimetricamente, colocou a bola nos pés do Henry para que ele completasse sozinho
para as redes e nos mandasse para o espaço, enquanto seu amigo e companheiro
Roberto Carlos, buscava um visual mais elegante, arrumando as meias.
Você se lembra do que disse
Thierry Henry?
Eu sim!
Ao ser questionado sobre a indiscutível
habilidade dos brasileiros no trato com a bola, seu colega, Henry, disse o
seguinte:
"Os brasileiros praticam futebol desde que nasceram. Eles jogam
futebol durante todo o dia. Mas, os franceses não faziam isso. Estudávamos oito
horas por dia e quando perguntávamos para nossas mamães se elas deixariam a
gente jogar bola, a resposta era só uma: não”.
A reação por aqui, foi como
sempre, patriótica, emocional e estúpida...
Como se Henry tivesse dito alguma
mentira cabeluda...
O tempo passou e ao passar,
mostrou que Henry estava coberto de razão.
Se você, assim como a maioria de
seus colegas no Brasil, tivesse tido a oportunidade e a obrigação de passar ao
menos cinco horas numa sala de aula, talvez hoje, você não fosse tão simplista
em sua defesa do indefensável.
É bem provável que essas horas na
escola, se aproveitadas, pudessem ter colocado você no mesmo patamar
intelectual de um Michel Platini: aquele que presidiu o comitê organizador da
Copa da França, sem máculas ou superfaturamentos e que posteriormente, foi
eleito presidente da UEFA, a mais rica, organizada e próspera das confederações
continentais e que no momento, é o nome mais forte para concorrer à presidência
da FIFA, contra seu amigo, guru e protetor, Ricardo Teixeira – aquele que há
algum tempo atrás, numa entrevista a televisão, você chamou de duas caras.
Sobre a Copa do Mundo da França,
creio eu, não será preciso lhe lembrar de que foi aquela que você depois de
sofrer convulsões, foi para o campo, assistir Zinedine Zidane comandar a maior derrota
imposta a uma seleção brasileira numa Copa do Mundo.
2 comentários:
Fernando,
O Henry ainda está em atividade. Ele joga no New York Red Bulls, dos EUA.
Quanto à frase de Ronaldo, não resta nada a dizer, só posso lamentar.
Saudações,
Rodrigo.
Acaba não mundão !!!! Sem palavras, estou fazendo uam desintoxicação mental quando leio seu blog .
Um abraço
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