quinta-feira, outubro 10, 2013

A corajosa despedida de um grande narrador...





Foi acaso, mas um acaso feliz...

Encontrei no YouTube a última participação do radialista e narrador Jorge Curi, na rádio Globo do Rio de Janeiro.

Foi para mim um momento muito especial, eu ouvi...

O ano, 1984...

O jogo, Vasco 2x1 Botafogo.

Na hora, como quase todo mundo, tomei um susto...

Jorge era flamenguista, mas ouçam o que ele diz do Vasco...

Era grande...

E quem com ele trabalhava, também.

Quando Kleber Leite lhe passa o microfone, ele conta para todos os que estavam ouvindo, sua demissão...

Aponta quais os diretores e diz o que pensa sobre eles...

Seu microfone permanece ligado...

Seus companheiros o respeitavam tanto que ninguém sequer pensou em cortar sua fala...

Foi até fim e depois, se foi altivo e grande.

Jorge era muito bom e tinha que ser, pois trabalhou e competiu com gente como Waldir Amaral, Mario Vianna, Gilson Ricardo, Edson Mauro, César Rizzo, Luís Penido, Oduvaldo Cozzi, Doalcey Bune de Camargo e tentos outros que marcaram minha juventude. 

Infelizmente, um ano depois, Jorge, morreu em um acidente automobilístico quando se dirigia para Caxambu, sua terra natal em Minas Gerais, para os festejos natalinos.

Pouco antes, Jorge havia sido contratado pela rádio Tupi.

2 comentários:

Carlos Henrique disse...

Esse era PROFISSIONAL, da letra P à L, como ele mesmo disse. E quanto ao comentário do flamenguista em relação ao Vasco é que ele esquece a rivalidade e se veste do profissionalismo, da razão e do senso de reconhecimento da grandeza do clube que não torce, ao contrário da maioria dos profissionais das províncias brasileiras (inclusive de vc, amigo, em algumas ocasiões - poucas, mas existentes e sei que é para encher o saco. rsrs).

Anônimo disse...

É de emocionar. Um ícone da radiofonia brasileira. Sinceramente não entendo como alguns radialistas de hoje ainda tentem imitar um profissional desse naipe. Jorge Curi Foi e sempre será uma referência e um exemplo para os mais jovens. Pena que alguns não entendam isso.
Parabéns pela belíssima postagem.
ADAIL PIRES