Carta Aberta ao Presidente da
Federação Gaúcha de Futebol, Sr. Francisco Noveletto.
Sr. Presidente da Federação
Gaúcha de Futebol, Francisco Noveletto:
Nós, do Bom Senso Futebol Clube,
temos acompanhado, com pesar, sua má vontade com nosso movimento.
Notícias
recentes demonstram sua postura de desapreço por nossas proposta para o calendário
do futebol brasileiro, tais como:
“Cada um na sua. Uns têm que
jogar e outros têm que organizar. Não dá para uma pessoa fazer as duas coisas.
Não tem fundamento nenhum o que estão pedindo. Não estou defendendo a CBF, sou
oposição (…) mas é uma proposta sem fundamento essa do Bom Senso”
“Francisco Noveletto, líder da
oposição na CBF, não vai usar as ideias do Bom Senso F.C. para fortalecer sua
candidatura à presidência da confederação. O cartola gaúcho discorda de
propostas apresentadas pelo movimento de jogadores, que se opõe ao modelo da
atual gestão da CBF. O oposicionista, por exemplo, diz ser “inviável” a
proposta de calendário do Bom Senso. “Como que vai se pagar? Quem vai bancar
todas as passagens aéreas dos times, as estadias?”, afirma Noveletto.
O cartola
se refere à proposta de criação da Série E do Brasileiro, com 432 times”.
Então, senhor Noveletto,
gostaríamos de ponderar alguns elementos de suas colocações, que nos parecem
impróprias:
· O senhor diz que lugar de
jogador de futebol é no campo, e não na organização.
Então, nós, jogadores, que
produzimos o espetáculo, não temos direito de opinar?
Sr. Noveletto, vamos
travar um debate de alto nível, discutindo ideias, sem desqualificações.
· Nossa Série E, que o senhor
critica, não tem custos exorbitantes de passagens aéreas, muito menos de
estadias, conforme o senhor alega.
Os grupos de 12 ou 13 clubes da Série E são
regionais e, mais do que isso, microrregionais.
Ou seja, os clubes estão
geograficamente próximos e, assim, as passagens – que não são aéreas, mas sim
terrestres – são bastante baratas.
E, com os clubes do mesmo grupo sendo
vizinhos, não é necessário haver hospedagens, logo o custo de estadia é nulo.
Apenas em poucos estados, mais ao norte do país, onde os clubes são
geograficamente mais distantes, há esses custos.
São situações absolutamente
pontuais, que são perfeitamente gerenciáveis.
· Para seu governo, primeiro
exemplo: em São Paulo, pelos dados de 2.013, há 105 clubes em atividade; se,
por hipótese, 21 deles estiverem nas séries A, B, C e D, sobram 84; esses 84
clubes podem constituir sete grupos de 12 clubes, de acordo com a proximidade
geográfica.
Qual é o custo de passagem aérea e de hospedagem que existe em um
jogo Linense x Marília?
· Para seu governo, segundo
exemplo: no Rio de Janeiro, pelos dados de 2.013, há 73 clubes em atividade;
se, por hipótese, 13 deles estiverem nas séries A, B, C e D, sobram 60; esses
60 clubes podem constituir cinco grupos de 12 clubes, de acordo com a
proximidade geográfica.
Qual é o custo de passagem aérea e de hospedagem que
existe em um jogo Bonsucesso x Olaria?
· Para seu governo, terceiro
exemplo: no Rio Grande do Sul, seu estado, pelos dados de 2.013, há 46 clubes
em atividade; se, por hipótese, sete deles estiverem nas séries A, B, C e D,
sobram 39; esses 39 clubes podem constituir três grupos de 13 clubes, de acordo
com a proximidade geográfica.
Qual é o custo de passagem aérea e de hospedagem
que existe em um jogo Associação Garibaldi de Esportes x Grêmio Atlético
Farroupilha?
· Segundo dados levantados por
nós, do Bom Senso Futebol Clube, 91 % dos jogos das série C, D e E que propomos
têm viagens de ônibus e apenas 9 % têm viagens de avião, com algo parecido
acontecendo nas hospedagens.
Já nos certames Série C e Série D atualmente
realizados pela Confederação Brasileira de Futebol, 78 % das deslocações são de
avião, e apenas 22 % das deslocações são de ônibus.
Ou seja: nosso modelo
incorre em um custo por jogo muitíssimo menor que o modelo atual, pelo fatos
dos grupos serem regionalizados e, no mais das vezes, microrregionalizados.
· É relevante constatar, também,
que, no modelo atual, a Confederação Brasileira de Futebol gasta 40 milhões de
reais para financiar 410 jogos, ao passo que o nosso modelo tem custo de 93
milhões de reais para se financiar 9.312 jogos.
Qual dos dois modelos tem a
melhor relação custo/ benefício?
Qual dos dois modelos permite que todos os
clubes estejam em atividade por quase dez meses da temporada?
Não parece ser
difícil responder…
Presidente Novelletto, lhe
convidamos a nos procurar e conhecer nossas propostas.
Se, como diz reiteradas
vezes, o senhor discorda da maneira que a Confederação Brasileira de Futebol
tem sido gerida, o Bom Senso Futebol Clube tem muito a lhe dizer.
Bom Senso Futebol Clube
Por um futebol melhor
para quem joga,
para quem torce,
para quem apita,
para quem transmite,
para quem patrocina.
Por um futebol melhor para todos.
Acesse nosso site e conheça as
nossas propostas:
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