domingo, abril 06, 2014

Bom Senso FC responde ao cartolão gaúcho – aquele que se diz oposição, mas lambe o chão do Marin...



Carta Aberta ao Presidente da Federação Gaúcha de Futebol, Sr. Francisco Noveletto.

Sr. Presidente da Federação Gaúcha de Futebol, Francisco Noveletto:

Nós, do Bom Senso Futebol Clube, temos acompanhado, com pesar, sua má vontade com nosso movimento. 

Notícias recentes demonstram sua postura de desapreço por nossas proposta para o calendário do futebol brasileiro, tais como:

“Cada um na sua. Uns têm que jogar e outros têm que organizar. Não dá para uma pessoa fazer as duas coisas. Não tem fundamento nenhum o que estão pedindo. Não estou defendendo a CBF, sou oposição (…) mas é uma proposta sem fundamento essa do Bom Senso”

“Francisco Noveletto, líder da oposição na CBF, não vai usar as ideias do Bom Senso F.C. para fortalecer sua candidatura à presidência da confederação. O cartola gaúcho discorda de propostas apresentadas pelo movimento de jogadores, que se opõe ao modelo da atual gestão da CBF. O oposicionista, por exemplo, diz ser “inviável” a proposta de calendário do Bom Senso. “Como que vai se pagar? Quem vai bancar todas as passagens aéreas dos times, as estadias?”, afirma Noveletto. 

O cartola se refere à proposta de criação da Série E do Brasileiro, com 432 times”.

Então, senhor Noveletto, gostaríamos de ponderar alguns elementos de suas colocações, que nos parecem impróprias:

· O senhor diz que lugar de jogador de futebol é no campo, e não na organização. 

Então, nós, jogadores, que produzimos o espetáculo, não temos direito de opinar? 

Sr. Noveletto, vamos travar um debate de alto nível, discutindo ideias, sem desqualificações.

· Nossa Série E, que o senhor critica, não tem custos exorbitantes de passagens aéreas, muito menos de estadias, conforme o senhor alega. 

Os grupos de 12 ou 13 clubes da Série E são regionais e, mais do que isso, microrregionais. 

Ou seja, os clubes estão geograficamente próximos e, assim, as passagens – que não são aéreas, mas sim terrestres – são bastante baratas. 

E, com os clubes do mesmo grupo sendo vizinhos, não é necessário haver hospedagens, logo o custo de estadia é nulo. 

Apenas em poucos estados, mais ao norte do país, onde os clubes são geograficamente mais distantes, há esses custos. 

São situações absolutamente pontuais, que são perfeitamente gerenciáveis.

· Para seu governo, primeiro exemplo: em São Paulo, pelos dados de 2.013, há 105 clubes em atividade; se, por hipótese, 21 deles estiverem nas séries A, B, C e D, sobram 84; esses 84 clubes podem constituir sete grupos de 12 clubes, de acordo com a proximidade geográfica. 

Qual é o custo de passagem aérea e de hospedagem que existe em um jogo Linense x Marília?

· Para seu governo, segundo exemplo: no Rio de Janeiro, pelos dados de 2.013, há 73 clubes em atividade; se, por hipótese, 13 deles estiverem nas séries A, B, C e D, sobram 60; esses 60 clubes podem constituir cinco grupos de 12 clubes, de acordo com a proximidade geográfica. 

Qual é o custo de passagem aérea e de hospedagem que existe em um jogo Bonsucesso x Olaria?

· Para seu governo, terceiro exemplo: no Rio Grande do Sul, seu estado, pelos dados de 2.013, há 46 clubes em atividade; se, por hipótese, sete deles estiverem nas séries A, B, C e D, sobram 39; esses 39 clubes podem constituir três grupos de 13 clubes, de acordo com a proximidade geográfica. 

Qual é o custo de passagem aérea e de hospedagem que existe em um jogo Associação Garibaldi de Esportes x Grêmio Atlético Farroupilha?

· Segundo dados levantados por nós, do Bom Senso Futebol Clube, 91 % dos jogos das série C, D e E que propomos têm viagens de ônibus e apenas 9 % têm viagens de avião, com algo parecido acontecendo nas hospedagens. 

Já nos certames Série C e Série D atualmente realizados pela Confederação Brasileira de Futebol, 78 % das deslocações são de avião, e apenas 22 % das deslocações são de ônibus. 

Ou seja: nosso modelo incorre em um custo por jogo muitíssimo menor que o modelo atual, pelo fatos dos grupos serem regionalizados e, no mais das vezes, microrregionalizados.

· É relevante constatar, também, que, no modelo atual, a Confederação Brasileira de Futebol gasta 40 milhões de reais para financiar 410 jogos, ao passo que o nosso modelo tem custo de 93 milhões de reais para se financiar 9.312 jogos. 

Qual dos dois modelos tem a melhor relação custo/ benefício? 

Qual dos dois modelos permite que todos os clubes estejam em atividade por quase dez meses da temporada? 

Não parece ser difícil responder…

Presidente Novelletto, lhe convidamos a nos procurar e conhecer nossas propostas. 

Se, como diz reiteradas vezes, o senhor discorda da maneira que a Confederação Brasileira de Futebol tem sido gerida, o Bom Senso Futebol Clube tem muito a lhe dizer.

Bom Senso Futebol Clube

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