Imagem: CBF
A
Independência da Pátria Palmeiras
No dia 7 de
setembro de 1965, o Palmeiras foi convocado para representar a Seleção
Brasileira na inauguração do Mineirão, venceu a forte Seleção Uruguaia por 3 a
0 e ainda entrou para a história como o primeiro clube a representar a
Amarelinha e com o primeiro treinador estrangeiro a dirigir a então bicampeã
mundial.
Pedro
Henrique Brandão Lopes
O Maracanazzo
deixou profundas cicatrizes no futebol brasileiro.
Apesar de
conquistar a Copa do Mundo duas vezes nos três Mundiais seguintes, o torcedor
brasileiro mantinha um pé atrás quando a Celeste Olímpica era adversária do
Brasil.
Quando o
Estádio Governador Magalhães Pinto, o Mineirão, foi inaugurado em 1965, os
uruguaios foram os convidados para a festa. A chance de os convidados acabarem
com a comemoração, justamente na data da Independência brasileira, era enorme e
por isso, a CBD não quis deixar margem ao azar.
Desde o
início da década de 1960, o único time capaz de enfrentar em igualdade o
sensacional Santos de Pelé, era o Palmeiras que entrou para a história como a
Primeira Academia.
Sob o comando
do argentino Filpo Nuñes, feras como Djalma Santos, Djalma Dias, Dudu, Ademir
da Guia, Julinho Botelho e Servílio.
Enquanto o
Santos era um timaço de craques e vencia pelas individualidades geniais, o
Palmeiras era um time extremamente entrosado que tinha ótimos jogadores que se
conheciam de olhos fechados.
Pela primeira
vez na história um clube foi convocado para representar a Seleção Brasileira.
Todos os
jogadores, do goleiro ao centroavante, inclusive os reservas e até o massagista
e roupeiro.
Assim, Filpo
Nuñes que foi o arquiteto daquela Academia de Futebol treinando o time com seu
inconfundível “pim-pam-pum de boleo como vene”, que nada mais queria
dizer que manutenção da posse de bola com troca de passes, entrou para a
história como o primeiro estrangeiro a dirigir a Seleção Brasileira.
Somente em
2019, mais de 50 anos depois, Pia Sundhage dirigiu a Seleção Brasileira
Feminina.
Aproximadamente
80 mil torcedores assistiram das arquibancadas a inauguração do Mineirão com um
sonoro 3 a 0 aplicado pelo Palmeiras amarelo vestido de Brasil sobre o Uruguai
que saiu de campo desbotado.
A partida
valeu troféu, afinal colocou frente a frente dois rivais históricos num momento
em que o Uruguai estava classificado antecipadamente ao Mundial de 1966, e o
Brasil passava por uma ótima fase técnica.
Porém a taça
ficou na sede da CBD até 1988, quando foi determinado pela direção da entidade,
enviar o troféu para a sede do Palmeiras que venceu o Uruguai de maneira
incontestável por 3 a 0.
Desde então o
troféu daquela tarde de domingo de 7 de setembro de 1965, ajuda a contar essa
bonita história da Independência Palmeiras.
Ficha Técnica
da partida:
Brasil
(Palmeiras) 3 x 0 Uruguai
Data:
07/09/1965
Local:
Estádio Magalhães Pinto, em Belo Horizonte (MG)
Árbitro:
Eunápio de Queiroz
Público:
aproximadamente 80.000 pagantes
Renda: Cr$
49.163.125,00
Gols:
Rinaldo, aos 27', e Tupãzinho, aos 35' minutos do primeiro tempo. Germano, aos
29' da etapa final.
Brasil
[Palmeiras] — Valdir de Moraes (Picasso); Djalma Santos, Djalma Dias, Valdemar
(Procópio) e Ferrari; Dudu (Zequinha) e Ademir da Guia; Julinho (Germano),
Servílio, Tupãzinho (Ademar Pantera) e Rinaldo (Dario).
Uruguai —
Taibo (Fogni); Cincunegui (Brito), Manicera e Caetano; Nuñes (Lorda) e Varela;
Franco, Silva (Vingile), Salva, Dorksas e Espárrago (Morales).
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