Que jogo...
Que final de Copa do Mundo.
Valeu cada minuto...
Não me recordo de ter visto ao
vivo uma final igual.
Em 1966, em Wembley, Inglaterra e
Alemanha protagonizaram um jogo fantástico...
Porém, eram outros tempos, o
rádio, nos esportes, ainda reinava soberano.
Ver a bola rolando, só na noite
do dia seguinte aos jogos, quando as fitas de videoteipe chegavam as emissoras
que os transmitiam...
Em 1986, Argentina e Alemanha foi
outro jogão.
Mas nada comparado com que vimos
em Doha.
Não vou me alongar muito mais...
Todos, assim como eu, grudaram os
olhos na telinha e extasiados acompanharam um primeiro tempo gigantesco dos
argentinos.
Messi, reinou e Di Maria luziu...
A Argentina foi um tsunami.
Na etapa final, a França,
despertou do marasmo e foi à luta...
Foi a vez de Mbappé, sair da
desconfortável posição de sumido e assumir a posição de homem chave na
recuperação dos azuis.
Que jogo...
Os dois a zero, quase definitivos,
viraram um dois a dois improvável, conquistado palmo a palmo por uma França
decidida a superar a garra incansável de Javier de Paul e seus companheiros.
Veio a prorrogação...
Havia cansaço no semblante dos
jogadores, mas não desânimo.
O primeiro tempo, apesar de
tensão foi um pouco mais cuidadoso...
Mas no segundo, quando logo aos 3
minutos, Messi marcou o terceiro gol, a partida voltou a pegar fogo.
O que poderia ter sido uma grande
desilusão, se tornou combustível para que a França voltasse a fustigar a área
argentina...
Nove minutos depois, a pressão
francesa funcionou.
Num chute de fora da área,
Montiel tentou bloquear...
Porém, de braços abertos, cometeu
pênalti, que Mbappé bateu e converteu.
O que deveria ter sido uma trégua
à espera das penalidades virou um combate acirrado em busca do quarto gol...
Kolo Muani, teve diante de si, a
chance de matar o jogo e destroçar os sonhos de milhares de argentinos e se
tornar eterno.
Desperdiçou...
Ou melhor: Martinez, o goleiro responsável
por grandes momentos embaixo das traves, “marcou o gol mais importante dos
alvicelestes” ao praticar uma defesa gigantesca.
Mais uma vez...
Que jogo!
Martinez disse não a Kolo Muani e
a decisão foi para a cobrança de penalidades...
As cabeças mais centradas e os
pés mais certeiros definiriam quem subiria no pódio como o grande vencedor.
Ganhou a Argentina!
Messi, Di Maria, De Paul, Mac
Allister, Enzo Fernandez, Julian Alvarez e Emiliano Martinez, o menino nascido
em um bairro periférico, que muito jovem voou para Inglaterra em busca do sonho
de ser jogador de futebol, mereceram saborear cada gota desse néctar chamado
glória...
Claro que não se pode esquecer todos os outros, juntos formaram um time compacto, aguerrido, comprometido e muito bem montado e comandado por Lionel Scaloni.
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