segunda-feira, dezembro 18, 2006

E o saci, deu um drible no futebol mágico...


Charge: Gustavo Duarte

“Há sido uma decepción”


- Essa foi à manchete do diário Marca um dos grandes da imprensa esportiva espanhola. A frase foi proferida por Frank Rijkaard, treinador da equipe catalã, durante a entrevista coletiva no final da partida Internacional 1x0 Barcelona. Ao pinçar a declaração do treinador azul grana e torná-la manchete, o jornal espanhol mostrou claramente o tamanho da desilusão da Catalunha e da Espanha...

- Ronaldinho é com certeza, um jogador mágico, Ronaldinho é com certeza, um show a parte. Vê-lo jogar é um prazer, é estar diante do inusitado, do incrível e do imponderável. Mas Ronaldinho corre o risco de encerrar sua carreira, sem convencer como parte de uma equipe, sem deixar sua marca como líder, sem transformar seu futebol arte em algo objetivo e palpável...

- Nenhum jogador do Internacional seria titular do Barcelona, qualquer jogador do Barcelona seria titular do Internacional, mas o que faltou ao clube catalão sobrou na equipe gaúcha. Enquanto o Barcelona fez questão de usar e abusar das firulas, os gaúchos se concentraram no jogo. Enquanto o Barcelona queria show, o Internacional queria jogo, enquanto o Barcelona esperava pelas mágicas de Ronaldinho, o Internacional, apostou na simplicidade de Iarley... E quando a partida terminou Ronaldinho mais uma vez tinha sumido, em um jogo entre grandes.

“El Barça sigue siendo el mejor equipo del mundo”...

- A frase de Abel Braga pode parecer oportunismo e bajulação, mas não é. Abel não foi simpático, foi honesto. Talvez o Barcelona não seja o melhor, mas com certeza está entre os cinco melhores do mundo. Abel sabe que o seu Internacional, não se equipara ao clube espanhol, sabe que tecnicamente, sua equipe é inferior e por isso fez tal afirmação... Porém, Abel sabia que Rijkaard, iria cometer o erro de confiar em demasia na superioridade de sua equipe, que não daria muita atenção as possíveis jogadas do colorado gaúcho e esse foi o trunfo que usou. Abel ganhou por temer o Barcelona, por enquadrar seus jogadores num sistema tático, que privilegiou o combate, a garra e a obstinação. Abel venceu por compreender que o futebol espetáculo, encanta torcedores e jornalistas, mas quem costuma conquistar a taça, é quem demonstra consistência e objetividade. Talvez por ter jogado ao lado de mágicos e ele próprio ter sido um deles, Frank Rijkaard, esqueceu da Hungria de Puskás, do Brasil de Ademir, da Holanda de Cruyff e do Brasil de Zico, Sócrates e Falcão... Abel, um zagueiro vigoroso, mas pouco refinado... Não poderia esquecer.

Parabéns, Internacional, parabéns Rio Grande do Sul... O mundo é vermelho!


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