A torcida do América deve andar com a cabeça coçando para tentar entender como sua equipe tão decantada, como qualificada do meio para frente, dona de excelentes volantes, atacantes perigosos e meias que se não são ainda o ideal, tem melhorado muito e podem render ainda mais, chegou a essa incomoda e desconfortável situação...
Três míseros pontinhos separam o América da zona de rebaixamento e, a diferença só não é menor, porque quem está lá embaixo, ou não sente a menor vontade de sair, ou pelo menos, ainda não aprendeu a escalar paredes íngremes...
Mas, todo cuidado é pouco, pois em algum momento vai aparecer um mais esperto, e, quando isso acontecer, será bom o América ter calçado algo menos escorregadio.
Ontem no Machadão (se demorarem muito com a demolição, o estádio vai cair de tédio mesmo), América e São Caetano protagonizaram um jogo tão chato quanto os discursos dos nossos vereadores nas sessões da câmara municipal (passam isso na televisão - devia ter uma lei que proibisse crianças de ver cenas tão patéticas).
Sinceramente, sentar num barzinho com alguns amigos e jogar conversa fora, teria sido bem melhor...
Salvo uma ou outra tentativa de parte a parte, o jogo nada teve de emocionante, aliás, para dizer a verdade, a coisa mais emocionante, aconteceu na transmissão da rádio globo, quando Santos Neto (poucos percebem, mas Santos Neto é um brilhante provocador: ele sabe cutucar com vara curta) colocou no ar trecho da entrevista do treinador Diá para o programa "Esportes em Debate", onde Pedro Neto o questiona sobre uma informação que teria recebido, sobre um suposto dinheiro que teria sido pago ao Alecrim, para que a equipe verde facilitasse a vida do Ferroviário no jogo de volta pela Série D, aqui em Natal.
Ao término do áudio com o trecho da entrevista, Santos Neto chamou Pedro Neto e esse, “ipisis litteris”, repetiu o que tinha perguntado a Diá e ainda, fez questão de afirmar que sua fonte, era idônea e sabia das coisas...
Esse foi o momento de maior dramaticidade da noite futebolística de ontem no Machadão.
A bem da verdade, é a quarta vez consecutiva que o programa de entrevistas "Esportes em Debate" da rádio globo, causa alvoroço...
No primeira vez, um árbitro afirmou ter sido “cantado” por um ex-presidente da comissão de árbitros, para beneficiar certo alguém.
Depois dessas declarações, ouve um corre, corre e quando se teve a impressão que iam abrir a "barriga do monstro" – o árbitro pipocou, seus superiores aliviaram e nenhum dos ex-dirigentes da comissão de arbitragem, foi capaz de sequer ir ao escritório de advogado para saber quanto custaria mover um processo contra o árbitro...
Imagino que esses ex-dirigentes, tenham seus motivos para deixarem o assunto ser perder nos umbrais do esquecimento.
Ai veio um conselheiro e ex-dirigente de clube, que taxativamente afirmou, que alguns membros da imprensa pediam dinheiro para falar bem da A e de B...
Chegou a declinar o valor cobrado: R$ 200,00...
Mais alvoroço...
Porém, a ACERN, o Sindicado dos Radialistas e o Sindicato do Jornalista, não se pronunciaram...
Devem ter também seus motivos.
Para finalizar, um promotor público (homem sério, decente e idôneo), declarou no mesmo programa que as torcidas organizadas, eram financiadas por gente graúda...
Aliás, adorei quando ele os chamou de raquíticos (foi perfeita a definição!).
Imaginei que o mundo ia desabar, pois tal afirmação partiu de um cidadão da mais alta honorabilidade, mas...
Nada...
Absolutamente nada!
Nem um jornal, nem uma televisão, nenhuma rádio e nem mesmo um portal de notícias, procurou o promotor para saber mais sobre tão séria denuncia...
Pois é, viram como o jogo foi chato!
Acabei tomando um rumo diferente e abrindo uma tangente, deixei América e São Caetano de lado...
Ah, o resultado foi 0x0.
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