Essa coisa de tentar aprender a manusear uma máquina fotográfica num evento esportivo tem me levado a crer tomei a decisão certa...
Primeiro por que estou aprendendo algo novo e aprender, é sempre saudável...
Mas podem acreditar, é barra viu!
Agora, o melhor mesmo é que estando a beira do gramado se tem outra visão da partida e essa nova visão, muda todo o conceito na hora de opinar.
Lá das cabines tudo é muito distante, muito clean – não há suor e não há envolvimento...
No rés do campo, o calor da massa lhe envolve e, às vezes, respinga em você...
No jogo de ontem, quando o árbitro Seneme resolveu dar uma dura no Flávio Lopes, um copo cheio de cerveja foi atirado ao campo por um torcedor do América e, eu que não tinha nada haver com a história, fiquei respingado pela raiva e pela cerveja atirada a poucos centímetros de mim...
No segundo tempo, uma voz conseguiu se sobrepor a algazarra e pude ouvir: “Amaral seu filho da puta”... esperei pelo resto, mas a mesma voz mudou o rumo e gritou – “paraguaio corno”...
Mas o melhor mesmo foi depois da comemoração, ouvir um torcedor do ABC dizer: “quando a fase é boa, até Tiago Garça faz um golaço”...
Confesso que ri muito, pois não é que o cara tinha razão.
O Doutor Vidal é mesmo uma grande figura...
Quando lhe perguntei se faltavam só dois minutos para o fim do jogo, ele me olhou e muito sério respondeu: vai tomar algum remédio?
Ficar ao lado dos bancos é bem interessante...
Leandro Campos e Flávio Lopes são uma festa...
Gritam como loucos, socam o ar, falam sozinhos, discutem com o próprio banco, chutam o chão, tomam água aos montes, dão instruções e esporros à vontade e aí, cansados, voltam para o banco e pensam...
Leandro coça o nariz e Flávio o queixo...
Passados alguns segundos, retornam para a beira do campo e voltam a agir como doidos.
É interessante prestar atenção em como cada um lida com o estresse da partida.
No fim, restam as expressões de cada um...
Basílio tinha um sorriso enorme e Ivan Gonzáles um olhar perdido...
Tiago Garça estava eufórico e Silvio cabisbaixo e decepcionado.
A polícia tranquila fazia seu papel e o árbitro Wilson Luiz Seneme deixou o campo com um ar de superioridade e um semblante de dever cumprido.
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