Chegada no Maria Lamas Farache
Ontem, quando cheguei ao Maria Lamas Farache, estava me sentindo bem, talvez tenha sido em razão de minha insônia ter me dado trégua e me permitido dormir por mais de 12 horas seguidas; deitei às 09h30min de sábado e despertei por volta da 11h00min da manhã de domingo...
O duro é saber que outra noite assim, tão cedo não voltará a acontecer.
Mas, além, do corpo descansado, havia um céu azul, uma brisa fresca e a frente do estádio era um ir e vir de torcedores, numa frenética movimentação, típica dos grandes jogos.
O Alecrim voltava a ser uma atração e os alvinegros, voltavam a vê-lo com um rival a ser batido.
Entrando no estádio
Desci do táxi e me dirigi à entrada destinada aos membros da imprensa: lá chegando, como sempre faço, tirei minha carteirinha, mostrei ao porteiro e confirmei meu número de inscrição na ACERN: 28...
O problema é que até chegar ao porteiro, precisei esperar pacientemente que várias moçoilas de bermudas e belas pernas, acompanhadas por seus namorados ou acompanhantes, ficassem aos gritinhos, chamando pelo dirigente X e pelo conselheiro Y, para que eles confirmassem serem elas convidadas dos mesmos...
Quando a última, acabou de trocar beijinhos e fazer as devidas apresentações – o namorado não era conhecido de quem convidou –, pude finalmente entrar.
Ao chegar à cabine da 95FM, me deparei com um estádio, não lotado, mas com o bom publico presente.
O jogo
O jogo começou e ficou fácil perceber que o Alecrim não estava disposto a correr riscos...
A postura era defensiva, mas com a expectativa de atrair o ABC e tentar num contra ataque chegar ao gol de Wellington.
Já o ABC, dono da casa, buscou encurralar o adversário.
Nem uma coisa e nem outra.
Nem o Alecrim conseguiu os contra ataques que desejava e nem o ABC, encurralou o Alecrim...
O primeiro tempo foi “pegado”, mas não criativo.
Salvo uma ou outra jogada, a partida transcorreu sem maiores emoções.
No segundo tempo, o clima mudou: Ferdinando Teixeira avançou o Alecrim e o ABC de Leandro Campos, continuou em busca da vitória.
Aos 6 minutos, Ederson recebeu um ótimo cruzamento do recém-entrado, Ricardinho Potiguar e num toque rápido, mandou a bola para o fundo das redes do Alecrim...
A partir daí, a partida melhorou muito em movimentação e não fosse o hercúleo trabalho de Hércules, meio campista alecrinense, anulando o jogador Cascata e o frango caipira tomado pelo goleiro Wellington, o ABC poderia ter chegado à vitória...
Porém, Nêgo, resolveu testar Wellington e chutou forte de longe...
E não é que a bola entrou!
Não, não foi bem assim...
Nêgo chutou forte e de longe, porém a bola não entrou...
Wellington é que caiu, escorregou, ou sei lá o que, e deixou que a bola entrasse.
Com placar igualado, o Hércules deitando e rolando em cima do Cascata, o João Paulo sumido e bola batendo na defesa voltando, a partida caminhou para seu final...
Encerrado o jogo, o time do ABC deixou o campo debaixo de uma sonora vaia.
Vaia que infelizmente, cobriu os aplausos recebidos pelos alecrinense de sua pequena, mas ativa torcida.
O 1x1 foi justíssimo.
As declarações patéticas e as perguntas sem resposta
Com o estádio quase vazio e luzes sendo apagadas, esperei declarações a respeito do comportamento tático e técnico das duas equipes, mas infelizmente, o que ouvi foram disparates...
O goleiro Wellington, negou-se a falar com a imprensa...
Por quê?
O festejado Cascata saiu reclamando das vaias da torcida do ABC...
Por quê?
Ferdinando Teixeira, treinador do Alecrim, aproveitou para lançar farpas contra a imprensa, e atacou generalizando...
Por quê?
Flávio Anselmo, diretor de futebol do ABC, perdeu uma grande oportunidade de demonstrar grandeza, e se desculpar pelas infelizes declarações contra o árbitro Paulo Jorge, já que Paulo Jorge realizou uma arbitragem correta...
Não satisfeito, Anselmo desancou Ferdinando Teixeira e no mínimo foi deselegante com o presidente do Alecrim, o senhor Orlando Caldas.
Por quê?
Essas são questões que estão me martelando a cabeça, desde que saí do Maria Lamas Farache.