Essa postagem é uma critica a mim mesmo e a outros que como eu, se deixaram levar pela indolência, a preguiça e acabaram escravos das drogas licitas (no meu caso, o cigarro).
Giovanni Brancato é um nutricionista italiano, com especialização em homeopatia e com doutorado em biologia...
Nascido em Messina, na Sicília e tem 55 anos.
Até aí nada demais.
Porém, esse senhor cultiva um hobby não muito comum entre os mortais...
Giovanni Brancato, nas horas vagas gosta de atravessar a nado, pontos distantes em pleno mar aberto.
No último dia 21 do mês de julho, Brancato lançou-se ao mar na costa da Tunísia, com destino a Ilha da Sardenha...
250 quilômetros de mar aberto o separavam do destino.
A partida se deu às 6 horas da manhã do dia 21 de julho, no Cabo Branco, em Bizerta, na Tunísia e o objetivo era percorrer 118 milhas náuticas em uma semana...
Com apoio de um barco que o acompanhou por toda a jornada, Brancato estabeleceu como meta a ser cumprida, 30 quilômetros diários: numa conta não muito perfeita, pode se imaginar algo como 54 braçadas por minuto.
Os dias de Brancato foram divididos em 12 horas na água e 12 horas de total descanso no barco de apoio.
No dia 29 de julho, Brancato chegou ao seu destino...
Deu suas últimas braçadas e depois, seguiu caminhado em direção a areia e sem demonstrar nenhum esgotamento físico.
O irônico é que o barco que o acompanhava, levando como testemunhas, uma equipe médica, um técnico e um representante da Federação Italiana de Natação, não pode completar aprova, em função das avarias sofridas pelas duras condições do mar durante a travessia e, acabou rebocado.
Já em terra, Brancato declarou que havia se preparado durante 4 anos para a aventura e que tudo foi meticulosamente estudado, pois segundo ele; “com o mar não se improvisa”.
Brancato fez questão de dizer que sua travessia não devia ser vista apenas como um feito esportivo, mas fundamentalmente como uma prova que uma boa base alimentar, paralela a uma atividade física constante, pode proporcionar uma vida saudável, independente da idade de uma pessoa...
“Boa alimentação, condicionamento físico perfeito, impediu que minha idade fosse um handicap”.
Certamente, ele tem razão, pois no segundo dia da travessia, precisou de todas as suas forças para chegar ao barco, ante que um tubarão branco de cerca de quatro metros o alcançasse na água...
No terceiro, quarto e quinto dia da prova, Brancato lutou contras as ondas e a força dos ventos...
Na última parte da jornada, sua luta foi contra as fortes correntes que fluem entre a Ilha de Cavoli e seu destino; Villasimius na Sardenha.
Mas essa não foi a primeira aventura de Brancato, antes, havia atravessado os 145 quilômetros que separa a Córsega e a Liguria e não será a última, pois segundo afirmou: “agora, desejo combinar uma travessia de mar, terra e novamente mar”...
Pois bem, Giovanni Brancato hoje, me fez sentir uma enorme vergonha.
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