segunda-feira, agosto 02, 2010

ABC FC 1x1 Alecrim FC...


Chegada no Maria Lamas Farache


Ontem, quando cheguei ao Maria Lamas Farache, estava me sentindo bem, talvez tenha sido em razão de minha insônia ter me dado trégua e me permitido dormir por mais de 12 horas seguidas; deitei às 09h30min de sábado e despertei por volta da 11h00min da manhã de domingo...


O duro é saber que outra noite assim, tão cedo não voltará a acontecer.


Mas, além, do corpo descansado, havia um céu azul, uma brisa fresca e a frente do estádio era um ir e vir de torcedores, numa frenética movimentação, típica dos grandes jogos.


O Alecrim voltava a ser uma atração e os alvinegros, voltavam a vê-lo com um rival a ser batido.


Entrando no estádio


Desci do táxi e me dirigi à entrada destinada aos membros da imprensa: lá chegando, como sempre faço, tirei minha carteirinha, mostrei ao porteiro e confirmei meu número de inscrição na ACERN: 28...


O problema é que até chegar ao porteiro, precisei esperar pacientemente que várias moçoilas de bermudas e belas pernas, acompanhadas por seus namorados ou acompanhantes, ficassem aos gritinhos, chamando pelo dirigente X e pelo conselheiro Y, para que eles confirmassem serem elas convidadas dos mesmos...


Quando a última, acabou de trocar beijinhos e fazer as devidas apresentações – o namorado não era conhecido de quem convidou –, pude finalmente entrar.


Ao chegar à cabine da 95FM, me deparei com um estádio, não lotado, mas com o bom publico presente.


O jogo

O jogo começou e ficou fácil perceber que o Alecrim não estava disposto a correr riscos...


A postura era defensiva, mas com a expectativa de atrair o ABC e tentar num contra ataque chegar ao gol de Wellington.


Já o ABC, dono da casa, buscou encurralar o adversário.


Nem uma coisa e nem outra.


Nem o Alecrim conseguiu os contra ataques que desejava e nem o ABC, encurralou o Alecrim...


O primeiro tempo foi “pegado”, mas não criativo.


Salvo uma ou outra jogada, a partida transcorreu sem maiores emoções.


No segundo tempo, o clima mudou: Ferdinando Teixeira avançou o Alecrim e o ABC de Leandro Campos, continuou em busca da vitória.


Aos 6 minutos, Ederson recebeu um ótimo cruzamento do recém-entrado, Ricardinho Potiguar e num toque rápido, mandou a bola para o fundo das redes do Alecrim...


A partir daí, a partida melhorou muito em movimentação e não fosse o hercúleo trabalho de Hércules, meio campista alecrinense, anulando o jogador Cascata e o frango caipira tomado pelo goleiro Wellington, o ABC poderia ter chegado à vitória...


Porém, Nêgo, resolveu testar Wellington e chutou forte de longe...


E não é que a bola entrou!


Não, não foi bem assim...


Nêgo chutou forte e de longe, porém a bola não entrou...


Wellington é que caiu, escorregou, ou sei lá o que, e deixou que a bola entrasse.


Com placar igualado, o Hércules deitando e rolando em cima do Cascata, o João Paulo sumido e bola batendo na defesa voltando, a partida caminhou para seu final...


Encerrado o jogo, o time do ABC deixou o campo debaixo de uma sonora vaia.


Vaia que infelizmente, cobriu os aplausos recebidos pelos alecrinense de sua pequena, mas ativa torcida.


O 1x1 foi justíssimo.


As declarações patéticas e as perguntas sem resposta


Com o estádio quase vazio e luzes sendo apagadas, esperei declarações a respeito do comportamento tático e técnico das duas equipes, mas infelizmente, o que ouvi foram disparates...


O goleiro Wellington, negou-se a falar com a imprensa...


Por quê?


O festejado Cascata saiu reclamando das vaias da torcida do ABC...


Por quê?


Ferdinando Teixeira, treinador do Alecrim, aproveitou para lançar farpas contra a imprensa, e atacou generalizando...


Por quê?


Flávio Anselmo, diretor de futebol do ABC, perdeu uma grande oportunidade de demonstrar grandeza, e se desculpar pelas infelizes declarações contra o árbitro Paulo Jorge, já que Paulo Jorge realizou uma arbitragem correta...


Não satisfeito, Anselmo desancou Ferdinando Teixeira e no mínimo foi deselegante com o presidente do Alecrim, o senhor Orlando Caldas.


Por quê?


Essas são questões que estão me martelando a cabeça, desde que saí do Maria Lamas Farache.


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