O América venceu ontem no Machadão a equipe do ABC por 3x2 e sagrou-se campeão norte-rio-grandense de futebol sub17...
Rivaldo, Tiago e Bruno (contra) marcaram os gols do América e Joan, marcou os gols do ABC...
Me preparei para ir ao jogo, mas infelizmente um problema de última hora acabou com meus planos.
Uma final disputada por América e ABC, não é nenhuma surpresa aqui por essas bandas, pois normalmente, os outros participantes não passam de coadjuvantes ou sparings bem intencionados.
Mesmo estando distantes anos luz do ideal, os grandes da capital, ainda assim, mantém uma confortável distancia dos seus concorrentes nas categorias inferiores.
Porém, essa é a nossa realidade e é com ela que temos que conviver.
O América com a vitória de ontem, conquistou o titulo e o direito de representar o Rio Grande do Norte na Taça Cidade de São Paulo em janeiro de 20011.
E é aí, que está o nó Górdio da questão e, pelo que consta não existe nenhum Alexandre em nosso futebol, disposto a resolver um problema tão complexo de uma maneira simples e eficaz...
Nosso campeonato sub17 não é parâmetro para nada e, chegar a São Paulo com a estrutura que temos, é vexame certo...
Colecionamos vários!
Daqui até janeiro, teremos cinco meses para preparar essa meninada, mas haverá mesmo tal preparação?
O ideal seria mantê-los juntos, prepara-los fisicamente, psicologicamente e realizar o máximo possível de amistosos contra equipes superiores – isso seria o mínimo necessário para dar a garotada condições de chegar e chegar bem em São Paulo.
O ideal seria buscar nos adversários, reforços capazes de somar, mas isso é utopia...
Imaginem se as “hienas” radicais e sua paixão fundamentalista, retrógada, tosca e recalcada, permitiria tal avanço.
Nunquinha, jamais...
Avançar lhes tira o prazer de viver, pois suas vidas se resumem na seguinte cláusula pétrea: “se não pode ser meu, não será de ninguém”.
Por essas e outras razões, sou capaz de apostar que pouco ou quase nada será feito, categoria de base não dá status, não dá mídia, não promove negócios paralelos e nem transforma uma vida comum numa grande Hollywood cabocla...
Não haverá, G4, G5, G16, e nem sequer um G3...
No máximo um G1 ou G2 – os mesmos de sempre, aqueles que se doam, mesmo sabendo que seu esforço só será reconhecido pelos mais próximos.
Terminada a Taça São Paulo, para a grande maioria desses meninos, será a hora de voltar à escola e pensar na vida futura, pois não haverá espaço para eles lá em cima...
Não mesmo!
O elenco profissional é reserva de mercado para quem já foi e ainda insiste em ser e para quem não foi, mas tem um belo empresário com ótimos contatos, para arranjar um contratinho semestral e depois, tentar uma Coréia, Tailândia, Singapura ou coisa que o valha...
No final, será mesmo a escola a salvação da garotada, a não ser que alguns queiram passar o resto dos seus dias futebolísticos, em clubes como Águia da Marabá, Cabense, Botafogo da Paraíba, Fernandópolis, Avenida, Cene e outros ainda menos votados...
Bem, de qualquer forma, parabéns a esses bravos meninos, parabéns por dedicarem sua juventude a algo bom e são...
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