Hoje fiquei decepcionado com Roberto Fonseca...
Terminado o jogo, esperei para ouvi-lo, pois o considero um sujeito equilibrado e sem meias palavras, mas quando disparou que a derrota do América teria sido fruto do pênalti mal marcado pelo árbitro contra os rubros, não gostei.
Como pode uma equipe levar uma goleada de 5x1, e tentar justificar esse placar alegando a interferência do árbitro ao marcar um pênalti inexistente?
Não fui ao jogo, não vi o lance, mas confio na palavra de César Virgilio, trabalhei com ele, sei quem é, como pensa, como age e como é criterioso em suas opiniões.
César só tem dois defeitos, é educado demais e decente demais para ganhar a simpatia do torcedor com expressões chulas e opiniões passionais...
Portanto, fico com a palavra de César (aliás, porque manter um comentarista de arbitragem se sua opinião é sempre contestada?).
Mas suponhamos que César tenha errado e que realmente o pênalti não tenha existido: como explicar os quatro gols marcados posteriormente?
Pelo que ouvi, o América fez um bom primeiro tempo, teve mais a posse de bola, atacou mais e deixou o Ceará com a opção do contra ataque...
E daí?
Ter maior posse de bola nada significa, principalmente se essa posse de bola proporcionou mais finalizações e essas finalizações não resultaram em gols.
Hoje o América foi presa fácil e culpar o árbitro não muda essa verdade.
O América é um time comum, voluntarioso em certos momentos, mas comum...
O jogo contra o Vasco não é parâmetro, afinal, o jogo era contra o Vasco e contra o Vasco todo mundo queria aparecer (que jogador de futebol não que assinar contrato com o Vasco?).
Isso é tão verdade que logo após a partida, espocaram notícias sobre um possível interesse do Vasco por Somália e Lúcio (prontamente desmentido pela direção do Vasco).
No Vasco Somália seria um bom reserva e Lúcio; bem, o Lúcio talvez entrasse na relação pré-jogo.
Contra o Ceará, as coisas pareceram aos jogadores mais parelhas e, portanto, o esforço poderia ser menor...
Ledo engano, o Ceará é bem superior ao América.
A goleada foi insofismável, incontestável e nenhuma manobra retórica conseguirá apagar a tarde-noite negra que se abateu sobre o Machadão.
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