Como comentei a conversa do Dr. José Rocha com Pedro Neto, comentarei o que disse Judas Tadeu no blog do Marcos Lopes.
“Planejamento no futebol do Rio Grande do Norte é dinheiro, o resto é conversa fiada”...
Eis uma verdade incontestável, mas que acabou se tornando incontestável por razões contestáveis.
Se não vejamos:
A rivalidade desmedida pode provocar danos irreparáveis num dos rivais...
Ronald Reagan, presidente dos Estados Unidos elevou essa rivalidade ao máximo quando declarou que a América investiria massivamente na construção do sistema de defesa, chamado de “escudo antimíssil”.
O tal escudo teria como finalidade abater logo após o lançamento, qualquer míssil lançado contra os EUA e seus aliados, a União Soviética é claro, considerou tal ação como uma provocação (no que tinha razão) e partiu para encontrar uma solução adequada e, foi aí, que o leite azedou...
Por mais que algum leitor antipatize como os EUA e tenha nutrido alguma simpatia pelos soviéticos, não há como negar que a distancia entre as duas economias era abissal (ainda é), e, portanto, a corrida armamentista que os americanos criaram, sempre teve uma única razão: exaurir a economia da União Soviética.
Objetivo alcançado quando os russos “engoliram” a provocação do “escudo antimíssil”, brilhantemente articulada por Reagan.
Moscou, na tentativa de se contrapor, acabou por desarticular a já combalida economia soviética.
Sem grana para continuar financiando seus parceiros, os russos viram ruir suas alianças na Europa e a desintegração de seu próprio território.
Assim como o futebol do Rio Grande do Norte, as alianças capitalistas e comunistas, também são calcadas em dinheiro, o resto é conversa fiada.
Não admitir o próprio tamanho, pode gerar o desconforto de se comprar um sapato maior que o pé...
Negar que América e ABC são grandes, é má vontade e cretinice da grossa...
Mas, hipertrofiar essa grandeza para além fronteiras, é excesso de boa vontade...
Somos grandes dentro de nosso território, somos até maiores que a grande maioria de nossos concorrentes dentro de nossa região, mas, além disso, vamos perdendo corpo e massa, até ficarmos do tamanho de nossas cotas nos campeonatos nacionais.
Nossos dirigentes ao se negarem a afirmar convictamente essa verdade, acabaram por fazer um “acordo com o diabo” e impuseram a si mesmos a condição de ano, após ano, ter que confirmar perante as torcidas a grandeza que eles mesmos fizeram questão de falsear.
Portanto, sustentar essa grandeza, assim como o futebol do Rio Grande do Norte, também é uma questão de dinheiro, o resto é conversa fiada...
Mas existe uma saída planejada, é dolorosa, é difícil, mas existe sim...
Primeiro é preciso deixar de lado a rivalidade irracional e entender que fora da disputa esportiva, América e ABC são duas instituições fortes intramuros e que essa força pode e deve ser canalizada na direção dos dois.
Judas Tadeu e José Rocha juntos diante de instituições públicas e privadas, são fortes...
Separados, perdem a vigor.
Depois é preciso levar aos possíveis patrocinadores, propostas factíveis e mensuráveis...
Nenhum empresário do alto clero suporta discurso piegas de “ajudar o futebol do Estado”.
Grandes empresas querem saber se o que vão investir trará retorno, só isso...
Se as grandes empresas estivessem interessadas em colocar sorrisos no rosto das pessoas, a Audi daria carros de presente, a Sony televisores e, a Roche distribuiria remédios...
Marcelo Alecrim, a mais de um mês recebeu em seu gabinete, representantes de América e ABC, pediu um projeto e afirmou que se o projeto mostrasse quando e como, sua empresa obteria lucros, ele não se furtaria em patrocinar o quanto, necessário para atingir tal fim...
Nunca mais ouvi falar no tal projeto.
Então, fica claro que assim como o futebol do Rio Grande do Norte, patrocínio também é uma questão de dinheiro (investimento, gerando lucro), o resto é conversa fiada.
Judas Tadeu está coberto de razão, mas num ponto discordo dele...
Não é justo que um presidente passe a tarde entrando e saindo de bancos, atrás de contrair empréstimos para saldar dividas, sem ter ao seu lado uma tropa de choque com estofo o bastante para firmar junto com o presidente o aval exigido pelas instituições bancárias...
Por fim, podemos concluir que assim como o futebol do Rio Grande do Norte, sonhar é uma questão de dinheiro, o resto é conversa fiada.
Ah, quase esqueço, fiquei feliz com a vitória obtida ontem sobre a Ponte Preta...
Foi um passinho, pequenino, mas um passo...
Sei o que digo, pois há 45 anos, precisei reaprender a andar, depois de se sofrer por três anos uma paralisia...
Quando fiquei ereto e dei meu primeiro passo e caí, não me importei, sabia que os outros eram uma questão de tempo...
Agora, faltam nove vitórias.
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