Os 300 espartanos tinham alma, tinham coragem, tinham hombridade, honravam seu rei e sua pátria...
Leónidas tinha a seu lado 300 guerreiros da melhor estirpe, era amado e respeitado por seus homens e como todo espartano sabia que nenhum soldado espartano retornava para casa, fugido ou derrotado...
“Um espartano ou volta vitorioso ou morto em cima de seu escudo”.
Pois bem, Leónidas e seus 300 homens tinham tudo o que se pode esperar de soldados, mas lhe faltava número e, por isso, nenhum deles jamais voltou, todos morreram nas mãos dos 200.000 soldados de Xerxes.
No dia 1 de Setembro de 1939 a brigada de cavalaria Pomorska, encontrava-se nos bosques próximos a vila de Krojanty, quando recebeu ordens de enfrentar a vigésima divisão motorizada alemã, que avançava em direção Chojmice...
Orgulhosa de sua história, composta pela elite do exército polonês, a brigada Pomorska partiu para cumprir sua missão.
Por volta das 17 horas, postados em posição de combate, estavam prontos...
Questionado pelo Capitão Godlewisk se não seria melhor desmontar antes de atacar, o Coronel Mastalerz, respondeu: “jovem, sei bem o que é obedecer a uma ordem impossível de ser cumprida”...
Desembainhou seu sabre e deu a ordem de atacar...
Antes que a noite caísse, a brigada Pomorska, o Coronel Mastalerz e seus 250 homens jaziam ao solo, mortos pelo fogo dos panzer alemães...
Essa foi a primeira e última carga de cavalaria, mas a coragem, o destemor, a honradez e o amor a Polônia, foi reconhecido pelo invasor alemão...
Os alemães enterraram cada um daqueles homens com todas as honras militares e respeitosamente, hastearam o estandarte de brigada Pomorska no local da carnificina.
Não faltou alma a esses soldados poloneses, não faltou dedicação deles, mas o tempo das grandes cargas dos Ulans havia passado...
Portanto, não lhes faltou nenhuma qualidade, o que lhes faltou foi a tecnologia das armas modernas.
Essas duas pequenas histórias têm a finalidade de ilustrar minha posição sobre as declarações do treinador Flávio Lopes sobre a atuação do ABC, no sábado a tarde diante do Campinense.
A vergonha de Flávio Lopes é compreensível, sua tristeza, também, mas sua afirmação de que faltou alma e dedicação aos jogadores alvinegros, não é verdadeira...
Eles são dedicados, eles têm alma, mas lhes falta o fundamental: eles não têm qualificação técnica para executar a missão que lhes foi proposta.
Flávio Lopes fez um belo discurso, afirmou que também havia errado, mas não disse onde, como ou quando esse erro aconteceu...
Afirmou que pretende melhorar o lado emocional de seus jogadores, mas não indicou quem será o profissional especialista em comportamento humano que vai estar ao seu lado nessa complexa tarefa...
Flávio disse que o Campinense deu espaço, deixou o ABC jogar e que isso deveria ter sido aproveitado pelo ABC para vencer o jogo...
Mas Flávio não disse quais os motivos que fizeram a equipe paraibana jogar em pleno Maria Lamas Farache de forma aberta...
Talvez o Campinense soubesse que numa luta entre dois combatentes fracos, vence o mais ousado.
Flávio falou, falou e só no final, diante da intervenção de Marcos Lopes, cedeu à realidade e concordou que mais que alma, dedicação e vontade, o que faltou mesmo, foi qualidade técnica a esse grupo de rapazes que não pediu emprego e sim foi procurado para trabalhar.
Para o ABC, fica a certeza de que além dos 31 pontos que precisam ser ganhos nos próximos 20 jogos, será necessário torcer para que o Fortaleza, o Bahia, o Vila Nova e o Duque de Caxias, não ampliem a diferença que os separa.
Um comentário:
Infelizmente rebaixado.
Mais um feito do nosso "grande pequeno" presidente.
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