Sobre o jogo.
Um clássico sempre pressupõem alguma emoção...
Não foi o que aconteceu no primeiro tempo.
As equipes marcaram demais, criaram de menos e entediaram
todo mundo.
Saíram para o intervalo sem conseguir deixar para os
torcedores nenhum lance que valesse a pena comentar entre um sanduíche e outro.
No entanto, não faltaram resmungos e reclamações.
Na segunda etapa, a marcação afrouxou, as chances apareceram
e com elas, saltou aos olhos a enorme dificuldade que ambas equipes tem de
conseguir fazer a bola chegar as redes.
Gols são perdidos a granel...
E as esperanças dos torcedores se esvaem pelo ralo.
No final, os poucos torcedores que se dispuseram a se
deslocar para Ceará-Mirim, deixaram o Barretão sem nada para comemorar e
tristes por verem suas esperanças serem destruídas por duas equipes que por
mais que digam que não, são medíocres.
Considerações finais.
O futebol tem personagens que seriam facilmente, grandes protagonistas
do teatro do absurdo, mas as frases, essas sim, são o ponto forte desse mundo
que por mais que tente ser sério, não consegue se afastar por muito tempo do
folclórico.
Hoje, duas merecem destaque...
A primeira de Roberto Fernandes, tentando valorizar sua
estreia e justificar o péssimo resultado de sua equipe.
“O ABC conquista seu primeiro ponto fora de casa”.
A segunda, de Argel Fucks...
“Precisamos melhorar a parte de criação, principalmente a
criação”.
O resultado foi péssimo para o ABC, mas para o América, nem
tanto.
Por que?
Pelo seguinte fato:
O América está a dois pontos do 16º colocado...
Dois pontos.
O ABC está a oito pontos do 16º colocado...
Oito pontos.
3 comentários:
Passei a semana inteira me preparando para ir assistir ao "clássico" maior do nosso futebol. Preparando sim, pois o jogo seria contra o nosso maior rival, onde teríamos a oportunidade de, com uma simples vitória, afundarmos ainda mais o time das letrinhas e, sairmos ou nos aproximarmos da saída do Z4, além de ter que enfrentar o trânsito horrível e perigoso da estrada até o Barrettão, sem falar do próprio Barrettão.
Início da semana, ligo para um amigo meu, que também é americanos, e combinamos de horário etc para irmos juntos ao jogo.
Na terça, derrota para o Ceará. A desculpa foi de que jogamos fora e "jogamos bem". Na quinta, para apimentar o jogo, RF foi contratado pelo adversário. O que mais li e ouvi foi que isso poderia ser um vantagem para o lado de lá, mas mesmo assim, o América ainda era o favorito, pois tinha um melhor elenco e clássico é clássico.
Chega o sábado, a ansiedade aumenta, mas vem logo um balde de água fria: me amigo liga, dizendo que não irá mais, pois adoeceu. Bate o desânimo, pois não estava querendo enfrentar a estrada sozinho. Após um tempo, lembro de outro amigo, agora abcdista, e o convido para ir comigo, afinal, ele também teria motivo para ir, a estreia do treinador. Ele pede um tempo para se na casa dele e, após um tempo, liga confirmando.
Saímos por volta das 14h30. Ao chegar ao viaduto da urbana, nossa primeira surpresa negativa: trânsito horrível, parado, chato. Mas, como ainda não era 15h00, nos acalmamos, pois daria tempo. Além do trânsito lento, quase parado, como estávamos ouvindo o rádio globoso, tive que ouvir o narrador gaúcho metido a comentarista, ler mensagens do twitter dele, onde havia reclamações sobre o trânsito, e dizer que os torcedores têm que sair mais cedo. O que ele quer que façamos, que deixemos nossas famílias, não almocemos com ela ou outra coisa, para irmos ao jogo? fala sério!
Com certa paciência e até mesmo mais rápido do que imaginávamos, conseguimos sair e chegarmos ao gancho do nordestão. Nova surpresa, dessa vez boa, trânsito bom, apesar de intenso. Assim, seguimos ao Brrettão.
Chegamos antes do início do jogo e ainda deu tempo para o meu amigo comprar seu ingresso tranquilo. Entramos no estádio e, dessa vez, nenhuma surpresa: estacionamento ruim, estádio parece que está sempre em reforma e o gramado continua péssimo, apesar das promessas de melhoria.
Em conversa com um amigo que vive o dia a dia do Globo, este me informou que o problema da grama é que por aqueles lados vive faltando água. Para piorar, a bomba dágua queimou, mas foi trocada. Por fim, deu um problema de vazamento no sistema de irrigação, onde foi necessária a retirada da grama para seu conserto.
Explicou, mas não justificou. O gramado é um dos piores talvez da série B, até os "jogadores" reclamaram após o "jogo".
Após todo esse leriado, vamos ao "jogo".
cont. 1
Começa a peleja e o que vejo é umas batidas de cabeça, muita disposição, como diria um ex-professor meu: muita transpiração, mas pouca inspiração. Uma verdadeira pelada, das piores, diga-se.
Mesmo assim, o América tentava ser o dono das ações. Pensava comigo "na volta, meu amigo ouvirá muita gozação minha. Ganharemos esse jogo". Pimpão faz boa jogada, entra pela lateral da área e solta o chute. A bola balança a redes, só que pelo lado de fora. Tempos depois, Rai ou Raí, pega uma bola e, por incrível que pareça, acerta um bom chute, mas o goleiro defende. Em outra bola, Fabinho luta contra o adversário e contra a bola, cai e quando vai se levantar, é agarrado pelo seu oponente. Penalti, mas o juiz não assinala. Do outro lado, nada, nenhum ataque.
O jogo, se assim pudermos chamar, foi mais do que sofrível no primeiro tempo. Ruim de doer e de arrepender.
Meu amigo olha pra mim e diz: agora eu entendo o porquê desses dois estarem nas últimas posições, o que eu prontamente concordei e passei a propagar.
Começa o segundo tempo e logo o lanterninha do campeonato assusta em dois lances, duas chances claras de gol, mas, felizmente para nós, um Andrey salvou e o outro, acho que foi Norberto.
Argel, logo em seguida, perde a paciência com Cascata e o substitui pelo Almir que, diga-se, pode ter sido ou até ser bom jogador, mas está visivelmente fora de forma, apesar de mais de um mês aprimorando a parte física. Parece que a águar de Natal e os ares de Ponta Negra trabalham contra a parte física dos jogadores de fora que aqui chegam.
Eu não concordei com a saída do Cascata, pois ele era o mais técnico de todos os que estavam jogando, mas estava bem marcado e ainda tinha que tentar domar a bola por causa do horrível gramado. A bola parecia viva. Some-se a isso, o fato do RF passar o tempo inteiro pedindo para um funerário não deixá-lo livre um minuto sequer. Eu não concordei e passei a discutir com outros americanos, pois eu dizia que não Cascata não deveria ter saído e eles diziam que ele não havia acertado nada. Ai, eu respondia perguntando: e quem está jogando bem? Rai? Renatinho? Vandinho?
Almir entrou e não produziu nada diferente do que o Cascata produziu, apesar de jogar sem a marcação a que Cascata estava submetido.
Depois saíram Rai ou Raí (que nada fez e nada faz a não ser tentar mostrar que tem habilidade e uma técnica que não são verdadeiras, e o Vandinho que, se não tivessem falado o nome dele na hora da substituição, ninguém saberia que ele havia estado dentro de campo.
Próximo aos 30 min, na tentativa de parar um contra-ataque, Márcio Passos é expulso mais uma vez. A partir dai, o que já estava ruim, ficou pior. Os funerários tentaram, tentaram, mas como são ruins também, não conseguiram marcar.
Fim de jogo, zero a zero, péssimo para ambas as equipes, mas, mesmo assim, os técnicos conseguiram ver virtudes. Lembro que o Argel foi chamado de burro pela própria torcida, pois, segunda ela, ele mexeu errado nas três substituições
cont2.
Eu fiquei sem entender o porquê, a não ser, na minha opinião, por causa do Cascata, pois, pelo que me consta, o material humanos disponível foi o que ele utilizou, com exceção do Vinicius Pacheco, pedido por alguns, que não estava nem no banco, mas, creio eu, se tivesse não teria feito nada de diferente, pois quando esteve, nada fez.
Saí do Barretão pensativo: puxa vida, como as coisas são. Os dirigentes dizem que futebol é caro e o ingresso (R$ 40,00) arquibancada é barato e as rendas não dão para pagar as despesas.
Ai, ao assistir a um jogo de péssima qualidade como foi o de hoje, fico sem acreditar e sem aceitar que os jogadores, principalmente os de fora, ganhem 10, 15, 20 mil e até mais. E o pior, que os torcedores paguem por um jogo de baixa qualidade técnica, tática etc.
Jogo como o de hoje, mesmo pagando para que os torcedores comparecessem, ainda sairia caro.
Andrey - fez uma boa defesa no início do segundo tempo e, quando foi vencido, Norberto tirou. Precisa melhorar sua reposição;
Norberto - sem brilho. pegou a doença do Fabinho. Mesmo assim, não comprometeu;
Zé Antönio - deu frio na espinhas em várias oportunidades, mas ainda tem crédito;
Edivânio - não merece estar no América. É fraco. Até sozinho com a bola, ele se enrola;
Renatinho - às vezes corre muito, mas não produz nada. Não sai do time porque o substituto dele é o Rai/Raí;
Márcio Passos - o de sempre. Marca até bem, mas erra muito passes e leva cartão besta;
Fabinho - tá correndo mais, mas ainda não é o do estadual do ano passado. Às vezes, desaparece do jogo. Outras vezes, se enrola com a bola;
Rai/Raí - é um enganador. tenta fazer muita firula, jogada com efeito, para impressionar a torcida, mas, no fundo, é fraco. Não produz nada;
Cascata - é o craque do time, mas teve que brigar com a marcação, com o gramado e com a pouca qualidade dos companheiros. Foi substituído;
Pimpão - não se entrega fácil, corre muito, mas também produz pouco. Penso que é porque falta alguém para ajudá-lo.
Vandinho - não teve seu nome falado. Se não tivesse sido substituído, não saberíamos que esteve em campo;
Negão - assim como Tiago Adam, foi uma contratação de péssimo gosto.
Por fim, novamente lembrando meu amigo abcdista: agora sei o porquê dos dois times estarem na zona de rebaixamento.
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