terça-feira, agosto 20, 2013

Barcelona paga para manter funcionando o metrô da cidade...



Na velha Europa o serviço público serve ao público e não aos interesses privados...

O metrô de Barcelona encerra suas atividades noturnas a 1 hora da manhã, horário em que último trem deixa a estação.

Porém, na quarta-feira da semana que vem, o FC Barcelona recebe o Atlético de Madrid na partida de volta da Supercopa da Espanha e, por razões de interesse comercial da equipe catalã, a partida no Nou Camp vai começar às 23 horas (viram só, na Espanha os dirigentes também são especialistas em “trollar” torcedores) ...

Avisados pelos dirigentes do Barcelona, os responsáveis pelo metrô responderam com um simpático e daí, imagino eu...

Foi um barata voa...

O jogo termina às 0:45, como o público presente ao estádio fará para em 15 minutos chegar à estação, perguntaram uns...

Mas, e se houver prorrogação, perguntaram outros...

Mais barata voa.

A solução foi buscar apoio político (latino adora isso) ...

Lá foram então, os dirigentes do Barcelona bater um papo com o prefeito para tentar ampliar o horário do metrô.

O prefeito Xavier Trias, já cortou a conversa dizendo que a prefeitura não pagaria um tostão caso o metrô exigisse ser ressarcido e aconselhou ao Barcelona a antecipar a hora da partida.

Simples assim.

Informada, a direção do metrô disse que não assumiria os gastos com horas extras, energia, segurança e toda a parafernália exigida para o bom funcionamento das estações sem ser reembolsada por isso.

Os diretores do metrô encerraram a discussão dizendo que o Barcelona sempre soube dos horários dos trens.

Diante disso, os dirigentes do clube não tiveram outra saída...

Vão pagar 30 mil euros para garantir os custos da ampliação do horário do último comboio após o jogo.

Se fosse aqui, seríamos obrigados a ler blogueiros filosofando sobre a importância do futebol para a vida do homem natalense, para a afirmação da raça e para a economia da cidade.

Tudo isso, sem nunca terem lido um livro de Gilberto Freire, Roberto da Matta, Hayek, Adam Smith ou coisa que o valha...

Leríamos verdadeiros tratado sobre a insensibilidade do poder público na hora de estender a mão para os nossos clube e é claro, não faltariam os chiliques e faniquitos dos dirigentes se dizendo abandonados à própria sorte e incompreendidos não seu eterno sofrer de amor pelo futebol da terrinha...

Enfim, o mesmo dramalhão mela cueca tão ao gosto da latinidade parasita e incompetente.

Um comentário:

José de Medeiros disse...

Pô, Fernandinho! Acertasse no fígado, na ponta do queixo e no baço,foi?