Na velha Europa o serviço público
serve ao público e não aos interesses privados...
O metrô de Barcelona encerra suas
atividades noturnas a 1 hora da manhã, horário em que último trem deixa a
estação.
Porém, na quarta-feira da semana
que vem, o FC Barcelona recebe o Atlético de Madrid na partida de volta da
Supercopa da Espanha e, por razões de interesse comercial da equipe catalã, a
partida no Nou Camp vai começar às 23 horas (viram só, na Espanha os dirigentes
também são especialistas em “trollar” torcedores) ...
Avisados pelos dirigentes do
Barcelona, os responsáveis pelo metrô responderam com um simpático e daí,
imagino eu...
Foi um barata voa...
O jogo termina às 0:45, como
o público presente ao estádio fará para em 15 minutos chegar à estação,
perguntaram uns...
Mas, e se houver prorrogação,
perguntaram outros...
Mais barata voa.
A solução foi buscar apoio político
(latino adora isso) ...
Lá foram então, os dirigentes do
Barcelona bater um papo com o prefeito para tentar ampliar o horário do metrô.
O prefeito Xavier Trias, já
cortou a conversa dizendo que a prefeitura não pagaria um tostão caso o metrô
exigisse ser ressarcido e aconselhou ao Barcelona a antecipar a hora da
partida.
Simples assim.
Informada, a direção do metrô
disse que não assumiria os gastos com horas extras, energia, segurança e toda a
parafernália exigida para o bom funcionamento das estações sem ser reembolsada
por isso.
Os diretores do metrô encerraram
a discussão dizendo que o Barcelona sempre soube dos horários dos trens.
Diante disso, os dirigentes do
clube não tiveram outra saída...
Vão pagar 30 mil euros para
garantir os custos da ampliação do horário do último comboio após o jogo.
Se fosse aqui, seríamos obrigados
a ler blogueiros filosofando sobre a importância do futebol para a vida do
homem natalense, para a afirmação da raça e para a economia da cidade.
Tudo isso, sem nunca terem lido
um livro de Gilberto Freire, Roberto da Matta, Hayek, Adam Smith ou coisa que o
valha...
Leríamos verdadeiros tratado sobre
a insensibilidade do poder público na hora de estender a mão para os nossos
clube e é claro, não faltariam os chiliques e faniquitos dos dirigentes se
dizendo abandonados à própria sorte e incompreendidos não seu eterno sofrer de
amor pelo futebol da terrinha...
Enfim, o mesmo dramalhão mela
cueca tão ao gosto da latinidade parasita e incompetente.
Um comentário:
Pô, Fernandinho! Acertasse no fígado, na ponta do queixo e no baço,foi?
Postar um comentário