sábado, agosto 17, 2013

Roberto Gurgel, contesta no STF isenção fiscal à FIFA.



Ao apagar as luzes, Roberto Gurgel, que está deixando o cargo de Procurador Geral da República, protocolou junto ao STF ação contra os dispositivos da lei sancionada por Lula (12.350/2010) e do decreto editado por Dilma Rousseff (7.578/2011).

Roberto Gurgel, pede na petição que o Supremo decrete a inconstitucionalidade dos trechos da lei e do decreto que asseguram isenção tributária ampla, geral e irrestrita à Fifa nos negócios relacionados à Copa das Confederações, já realizada, e à Copa do Mundo, marcada para 2014.

Tanto a lei quanto o decreto foram elaborados para assegurar os compromissos assumidos por Lula diante da FIFA.

Na ação o procurador-geral cita a “Garantia número 4”, de 2007.

Nesse documento, a pretexto de trazer as competições para o Brasil, o Ministério da Fazenda comprometeu-se a assegurar à Fifa e a todos os seus parceiros comerciais “isenção geral de impostos.” 

A petição do chefe do Ministério Público inclui um pedido de liminar para suspender imediatamente os benefícios, antes do julgamento final da ação.

Para a Procuradoria, os favores concedidos à Fifa violam três princípios constitucionais: “igualdade, generalidade e razoabilidade”. 

Daí o pedido para que o STF reconheça a inconstitucionalidade dos privilégios.

“A isenção tributária é um favor fiscal que deve ser condicionado à obtenção de benefícios para a sociedade. Não se vê por parte dos beneficiários da isenção a prática de contrapartida em favor do interesse público, senão um mero ato de liberalidade do ente tributante, que visa a concessão de privilégios indevidos”, declarou Roberto Gurgel.

Fonte: Blog do Josias.

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