Imagem: Autor Desconhecido
A primeira mulher a disputar uma
corrida de Fórmula 1, a italiana Maria Teresa de Filippis, morreu neste sábado,
aos 89 anos.
Fillipis participou da principal
categoria do automobilismo entre 1958 e 1959 e atuou em três grandes prêmios:
nos de Portugal, Itália e Bélgica.
Ainda não foi confirmada a causa
da morte da ex-piloto napolitana.
Maria Teresa começou a trajetória
no automobilismo aos 22 anos, na Itália, depois de fazer uma aposta com dois de
seus irmãos, que não acreditavam que ela pudesse pilotar em alta velocidade.
Em 1954, ela terminou o
campeonato italiano de Fiat 500s na segunda colocação e foi convidada pela
Maserati para ser piloto de testes da empresa.
Quatro anos mais tarde, estrearia
na Fórmula 1.
Na categoria, chegou a ser vítima
de preconceito por ser a única mulher.
Foi proibida de atuar no Grande
Prêmio da França.
Na ocasião, o então diretor da
etapa Toto Roche declarou que uma jovem tão bonita não deveria vestir
capacetes, exceto os de um cabeleireiro.
Uma nova mulher na categoria,
Lella Lombardi, surgiria apenas 15 anos depois deste episódio.
O melhor desempenho de Maria
Teresa foi no tradicional circuito de Spa-Francorchamps, na Bélgica, quando
largou na 15ª posição e conseguiu terminar a corrida em décimo lugar.
Em Portugal e Itália ela não
conseguiu completar a prova por causa de problemas mecânicos.
Sua última tentativa de
qualificação para uma corrida foi em 1959, no circuito de Mônaco.
Maria Teresa de Filippis defendeu
as equipes da Maserati e da Porsche.
A piloto decidiu se aposentar do
automobilismo depois da morte de seu amigo Jean Behra, que sofreu um acidente
numa preliminar do GP da Alemanha, em 1959.
Maria Teresa fazia parte da
Comissão de ex-pilotos de Fórmula 1 da Federação Internacional de
Automobilismo.
Fonte: Veja/Gazeta Press
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