O explorador britânico Henry
Worsley morreu domingo paasado, após sofrer exaustão e desidratação, enquanto
tentava atravessar o continente antártico sozinho, informou nesta segunda-feira
sua esposa, Joanna Worsley.
Worsley foi levado a um hospital de Punta Arenas,
no Chile, mas foi diagnosticado com peritonite bacteriana e "morreu de
falência múltipla dos órgãos, apesar de todos os esforços da equipe
médica".
O ex-militar, de 55 anos e pai de
dois filhos, sucumbiu ao esgotamento na reta final do trajeto de 1.770
quilômetros - ele estava a 48 quilômetros de alcançar seu objetivo - que levaria
cerca de 80 dias para ser completado.
Após passar dois dias sem
conseguir se movimentar em sua tenda, ele desistiu do percurso e entrou em
contato com os serviços de emergência.
A proposta era completar a
aventura iniciada em novembro sem a ajuda de cães ou o envio de alimentos.
O ex-coronel queria arrecadar
fundos para entidades beneficentes e repetir a expedição, feita há um século,
por seu compatriota Ernest Shackleton.
Em outubro, Worsley contou à rede
britânica BBC que esperava perder em torno de 13 quilos durante o desafio.
Durante sua odisseia, Worsley
teve de driblar temperaturas de 44 graus negativos e fortes nevascas, assim
como superar o difícil terreno gelado com apenas um trenó, uma tenda e
equipamento limitado.
Bastante abalada, a esposa do
explorador informou que ele conseguiu arrecadar 106.773 libras, equivalente a
624.000 reais, para a organização Endeavour Fund, que ajuda militares feridos.
O príncipe William, um dos
organizadores da expedição, disse estar "imensamente triste" pela perda
de Worsley.
Se tivesse completado a missão,
Henry Worsley se tornaria a primeira pessoa a atravessar a Antártida pelo Polo
Sul completamente sozinha e sem ajuda externa.
Fonte: Veja/EFE
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