sábado, janeiro 16, 2016

Portugal... reduzindo a quantidade para tentar melhor a qualidade e a rentabilidade...

Menos times, mais dinheiro: a reformulação da segunda portuguesa

Por: Rodrigo Gasparini

A segunda divisão do futebol português não é, convenhamos, dos campeonatos mais atraentes.

Mas pode tornar-se, em pouco tempo, ao menos uma competição bem melhor do que a atual.

Uma das medidas para tanto já foi tomada antes mesmo de a bola rolar na atual temporada.

Os clubes e a Liga Portuguesa de Futebol Profissional (LPFP) decidiram que a competição, que conta atualmente com 24 equipes, terá seu número reduzido para 22 participantes a partir de 2016/17.

Isso significa que cinco clubes serão rebaixados ao Campeonato Nacional de Seniores, espécie de terceira divisão.

A redução no número de competidores tende a elevar o nível técnico do campeonato.

E é possível que uma norma semelhante seja adotada antes da temporada seguinte, diminuindo ainda mais os participantes.

A LPFP já sinalizou que pretende reformular o campeonato.

A ideia é que a segunda divisão seja “mais atrativa para os torcedores, a mídia e os eventuais patrocinadores”, como afirmou em nota divulgada pela entidade.

Entre as propostas, segundo a LPFP, estão a “aposta no jovem jogador português e o aproveitamento da Segunda Liga como rampa de lançamento para talentos”.

Mas é claro que, sem dinheiro, os planos ficariam mais difíceis de serem executados.

Por isso, a notícia divulgada nesta semana de que os times da segunda divisão acertaram um bom contrato de transmissão dos jogos pela TV foi muito bem-vinda.

Pelo acordo, feito com a operadora MEO e válido por três anos, cada clube vai receber € 500 mil por ano, a partir da próxima temporada.

Quem conseguir o acesso à primeira divisão ainda garante um bônus de € 3,5 milhões.

E se, eventualmente, a MEO conseguir negociar a exibição das partidas no mercado chinês, os valores ganhariam reajuste de 30%.

Na carona das boas notícias, a LPFP anunciou estar disposta a ajudar financeiramente os clubes da Segunda Liga que estiverem endividados.

Quem fizer o pedido formal até o final do mês receberá € 50 mil da entidade.

O valor será descontado dos prêmios pela participação na Taça da Liga e dos recebimentos da loteria Placard.

Ainda é cedo para se ter uma noção do alcance destas medidas.

De qualquer maneira, é bastante válido que Portugal tente dar mais valor à sua segunda divisão.


Afinal, quanto mais forte forem os campeonatos internos, melhor para o futebol do país.

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