O que vou escrever aqui serve para mim e somente para mim...
Não há nenhuma critica escondida entre as letras, nem tão pouco pretendo me colocar acima do bem e do mau...
Não gosto de comentar jogos do Vasco, nunca aceitei trabalhar em jogos do Vasco e chequei a ter uma discussão com um diretor da TV Universitária que não quis aceitar minhas ponderações, alegando serem meus argumentos uma bobagem.
Porém, não recuei e continuei a não trabalhar em jogos do Vasco...
Sou vascaíno, jamais esconderia isso, pois se o fizesse estaria cometendo o maior de todos os pecados: estaria renegando minha história e tudo que ela representa.
Por ser vascaíno, não me sinto em condições de ser isento e imparcial quando o assunto é o Vasco...
Portanto, se negar minha condição de vascaíno em nome do exercício profissão é em minha opinião um pecado para comigo mesmo, comentar um jogo do Vasco sem a isenção e a imparcialidade necessária, seria cometer um pecado ainda mais grave, pois estaria tentando enganar com sofismas e dribles de oratória, quem mesmo discordando de mim aqui ou acolá, confia na minha honestidade de intelectual.
Para muitos pode ser bobagem, para mim, não!
Mas não pensem que deixei de ir ao jogo, fui, mas fui como torcedor, como fã, como tiete...
Apesar de saber que esse Vasco que hoje esteve em Natal não é sequer sombra do Vasco de outrora...
Mas e daí?
Para mim é a camisa do Vasco que importa e não quem está dentro dela...
Entrei no Machadão, como nos velhos tempos de Maracanã, São Januário, Ítalo Del Cima, Figueira de Melo e tantos outros estádios que freqüentei...
Entrei feliz e ansioso, como de resto, entram todos os torcedores de qualquer parte do mundo.
Fiquei num canto quieto, não gosto de conversar quando estou vendo o Vasco, apenas torço, vibro ou sofro.
E hoje, foi sofrido...
O adversário foi valente, foi corajoso e não se intimidou...
Partiu para cima e com o coração apertado vi Somália marcar um belo gol...
Maldito Somália, levou campeonato inteiro para acertar um chute desses.
Tomado pela agonia, vi Carlos Alberto desaparecer diante da marcação bem planejada pelo Roberto Fonseca, um desconhecido que tem se comportado melhor que muita gente conhecida e badalada que por aqui passou.
Vi Adalberto encarar o Carlos Alberto como gente grande, mas também vi, o Carlos Alberto como sempre, jogar menos do que imagina que joga...
O que me aborreceu, é que Ricardo Oliveira, por muito menos, fez muito mais.
Ah, para não ser injusto, o Carlos Alberto deu chute a gol, logo no inicio e depois, bem, depois, ele foi o Carlos Alberto.
Mas o Vasco até que pode não ser essas coisas todas, porém, é o Vasco e como manda a tradição foi à luta e o Elton para o meu delírio acertou um chute indefensável e empatou a partida...
O pior é lembrar que gente como Ademir Queixada, Ademir Pernambucano, Dé, Romário, Roberto Dinamite e Edmundo, já estiveram lá...
Fazer o que, na falta deles, serve o Elton mesmo.
Veio o segundo tempo e o América continuou incomodando, fustigando, chateando e se recusando a perder...
Tanto é verdade que o tal do Lúcio, sempre perigoso, me “feriu” ao marcar o segundo gol e me deixar com cara de bobo...
Comecei a pensar: é... acho que não vai ter saída.
Mas, como a mística dos grandes clubes sempre pesa, o Vasco foi para cima, pressionou, levou uns sustos no contra ataque, insistiu e acabou empatando num rebote do bom goleiro Werverton, que Adriano aproveitou.
Terminado o jogo, fiz o que sempre faço, aguardei o estádio esvaziar, e ao caminhar para pegar um taxi, me flagrei contente, pois vi meu Vasco, não perdi (tivemos sorte) e constatei uma indiscutível verdade: o Vasco da Gama não é nenhum bicho papão e nem tão pouco está com essa bola toda, mas mesmo assim, vai voltar para a Série A sem nenhum problema, pois o time pouco brilhante é mais que suficiente para a tarefa.
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