Os números do futebol no Brasil...

Ainda sobre o ótimo trabalho do jornalista Henrique Ribeiro, para a revista “Super Interessante” a respeito dos números realmente importantes da “indústria do futebol”.

Sei que estamos longe ainda, mas pegando carona nos números levantados por Henrique Ribeiro e na sua afirmação (aliás, correta), de que o futebol não é o tão propalado bom negócio como costumam os afoitos afirmar, que tal imaginarmos que os 21 principais times do Brasil fossem uma única empresa – qual seria a situação, desse pseudo/poderoso conglomerado?

Segundo os números coletados, a soma da receita das 21 equipes somadas, chega a 1,4 bilhões de reais e está assim dividida pro região:

São Paulo: 40,2%

Rio de Janeiro: 20,3%

Rio Grande do Sul: 17%

Minas Gerais: 10,7%

Paraná: 7,1%

Santa Catarina: 2%

Pernambuco: 1,4%

Bahia: 1,3%

Acontece que esses pomposos números, deixam essa fictícia empresa abaixo de outras 129 – isto é, o “Futebol S/A, seria apenas a empresa número 130 no ranking das grandes empresas brasileiras.

Muito pouco para quem alardeia ser um importante fator para a economia do país.

Apenas para exemplificar – todos os times brasileiros juntos, representam 0,048% do PIB (Produto Interno Bruto) do Brasil.

Só o Real Madrid e o Barcelona representam 0,062% do PIB (Produto Interno Bruto) espanhol.

Cristiano Ronaldo custou ao Real Madrid, R$ 250.000.000, se somássemos todo o faturamento em 2008 de Flamengo e Corinthians, teríamos R$ 235.000.000, dinheiro insuficiente para pagar o passe do jogador.

Antes que alguém utilize o argumento baseado em fatores sócio econômicos, é bom lembrar que o futebol mexicano (país com uma economia comparável a nossa), é hoje, futebol mais rico do continente americano e seus números, são comparáveis a vários países da Europa.