Meu Deus já não basta às enormes, imensas e oceânicas desvantagens financeiras que a esmagadora maioria dos clubes enfrenta?
Não...
No Brasil, não basta...
É preciso que um monte de marmanjos endinheirados e enlouquecidos pelos holofotes que só o futebol poderia lhes proporcionar e seus atrelados, fuxiquem uns contra os outros o tempo todo e todo o tempo.
O podre poder de dirigir um clube de segunda ou terceira linha arde em sua alma e faz crepitar a fogueira da vaidade que os consome...
Minutos diante de um microfone ou câmera de TV os excita como belas ancas excitam adolescentes nas manhãs e tardes de domingo nas orlas marítimas do país.
Sentar num canto de mesa e ouvir embevecidos e silenciosos, os membros do clube dos 13, executivos das grandes redes de TV e performáticos e perfumados dirigentes da CBF, jogar em suas faces que apenas os toleram e que se quiserem continuar brincando de importantes, devem acatar sem questionar, pois ou é assim, ou a porta da rua e a serventia de casa lhes serão mostradas sem a menor cerimônia, é para a grande maioria a prova maior de sua ascensão, em fim, poderão voltar as suas províncias com o sentimento de pertencerem ao “creme de la creme” do mundo da bola.
Porém o pior é vê-los de retorno, “cuspindo marimbondos” contra a cúpula que acabaram de bajular...
Discursam contra o regulamento, mas o assinaram sem hesitação...
Praguejam contras as ínfimas e irrisórias cotas que recebem, mas as esperam ansiosos e com elas, formam seus “esquadrões de sobras” e diante da patuléia alienada e tosca, afirmam que contrataram o que havia de melhor...
Acusam as arbitragens de serem nocivas, mas durante os inexpressivos campeonatos estaduais, olham com desdém para os árbitros de seus estados e dóceis, recorrem à comissão nacional de arbitragem e solicitam alguém que esteja desocupado, e que tenha um “escudo FIFA” para vir “por ordem” em seus “clássicos”...
Assim é a dura realidade: “BERRAM QUANDO SOBRE O PARALEPIPEDO, MAS SUSSURAM E PROSTAM-SE DIANTE DA SOMBRA DA MONTANHA”...
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