Não é
novidade que a paralisação do futebol mundial em função da pandemia do novo coronavírus
abalou as finanças da maioria dos clubes do planeta.
Na Argentina,
o Independiente, um dos escudos mais tradicionais do país, está numa grave
crise econômica.
O maior
vencedor da Taça Libertadores da América já vivia tempos de vacas magras e caminhava
rumo a uma recuperação com a diminuição da dívida.
O cenário
imposto pela pandemia, porém, agravou as dificuldades financeiras do clube e
Héctor Maldonado, secretário geral do clube argentino, em entrevista à TyC
Sports, lançou várias declarações contundentes, entre as quais: "Os jogadores estão cientes de que
existem contratos que não podem ser pagos".
O dirigente
conhecido como Yoyo Maldonado detalhou a precária situação financeira do Rey de
Copas, mas não deixou de alfinetar os jogadores que não renderam o que a
diretoria esperava.
"Temos
jogadores que ganham salários em dólares e estão de férias há dois anos. Hoje a
dívida com a equipe é de 120 milhões de pesos e a maior parte está vinculada a
quatro ou cinco jogadores"
Depois de
transferir a responsabilidade para os jogadores, Maldonado fez uma autocrítica
da gestão do clube: "Tudo isso serve para aprender. A partir de agora
nenhum contrato será assinado em dólar no clube, enquanto estivermos na
diretoria".
Quanto à
situação dos salários atrasados, o dirigente afirmou que tem um planejamento
para saldar as dívidas e que esta segunda-feira será um dia importante para o
futuro do clube, pois terá reuniões com o Hugo Moyano, presidente do
Independiente, e também, com o capitão da equipe Silvio Romero: "Eu me
encontro com Hugo (Moyano) para ver como continuamos e vamos defender os ativos
do clube. Vamos pagar tudo o que é devido até aqui e negociaremos os contratos
de a partir de agora ".
Por Pedro
Henrique Brandão Lopes/Universidade do Esporte
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