- Enquanto os clubes brasileiros viverem sob a égide de administrações apaixonadas, abnegadas e seus conselhos deliberativos forem um misto de homens bem intencionados e sujeitos interessados em fazer parte de algo maior que eles, viverão a eterna gangorra entre tempestade e bonança.
O EC Noroeste da cidade de Bauru no interior de São Paulo vive um momento difícil em relação ao seu futuro, pois seu Presidente Damião Garcia renunciou ao cargo nessa sexta feira (07/11/2008).
Com ele deixam o clube o vice-presidente João Carlos Bidu de Almeida, Francisco Miraglia Simões Barbosa e Luiz Guilherme Miraglia Barbosa, respectivamente, presidente e vice-presidente do Conselho Deliberativo do Clube.
Mas porque a renuncia de um presidente deixaria tantas dúvidas sobre o futuro do clube e quem é Damião Garcia?
Nascido em Bauru, ex-empregado da Tilibra (marca líder e maior fabricante de cadernos escolares do país) na década de 40, Damião é hoje o Presidente da Kalunga, maior distribuidora de materiais escolares e produtos para escritório e informática do Brasil.
Com sede em São Paulo capital, a Kalunga que já patrocinou o Corinthians, reúne 27 lojas, 25 em São Paulo e duas no Rio de Janeiro, e, deu início a um grande projeto de expansão pelo país.
Segundo Damião Garcia a meta da empresa é abrir todo ano, cerca de oito a dez lojas num período de quatro anos.
Em 2008, Damião Garcia pretende abrir mais três lojas no Rio de Janeiro, três em Belo Horizonte e uma em Curitiba.
Conselheiro do Corinthians e um dos seus “cardeais”, filho de Bauru e apaixonado por futebol, Damião assumiu o Noroeste em 2003, começando um amplo projeto de investimentos no clube.
Em sua administração, Damião reformou o estádio Dr. Alfred de Castilho, sanou as dividas da equipe e deu um “banho” de loja na sede do clube, transformando o que antes era abandono em um dos símbolos da cidade.
Mandou buscar no Clube dos 13 um estudo de marketing contratado pela entidade, junto a SIS, empresa especializada em consultoria de exposição de marcas na mídia e associada ao grupo britânico do mesmo nome e partiu em busca de parceiros para tocar o novo Noroeste.
O projeto bem elaborado, unido ao prestigio pessoal de Damião Garcia junto ao empresariado paulista, acabou frutificando e, em 2005 o Noroeste voltaria a Série A1 do Campeonato Paulista, após se sagrar vice-campeã da Série A2.
No mesmo ano, o Noroeste venceu a Copa Federação Paulista de Futebol e garantiu sua participação na Copa do Brasil de 2006.
Em 2006, o Noroeste terminou em quarto lugar na Série A1 e levantou a Taça de Campeão do Interior, garantindo sua participação na Série C.
Ano passado, o Noroeste foi o sétimo colocado e em 2008 ficou na nona posição.
Talvez essas conquistas possam parecer pequenas, mas para um clube que em 2003 se encontrava falido, com mais de 90 causas trabalhistas pendentes, com sua sede e seu estádio sucateados e sem nenhum apoio do empresariado de Bauru, não há como negar que o passo foi gigantesco.
Porém, para o Noroeste o sonho acabou Damião foi embora e com ele, seu dinheiro, seu prestigio e o grupo que lhe dava respaldo na administração.
Todos em Bauru sabem que os velhos tempos das correntes e vaquinhas passaram, o futebol ficou caro e hoje existe um abismo entre o potencial financeiro do empresariado local e as necessidades do clube...
Damião Garcia deixa o clube sem dividas e completamente organizado, mas ao partir, deixa o Noroeste prostrado como um viciado, que agora terá que esperar que surja alguém, disposto a suprir as necessidades de quem viveu bons anos, mas está de volta a dura e triste realidade.
Damião Garcia não é culpado pelo futuro do Noroeste, sua culpa está em ter dado a um clube modesto a sensação que poderia ser grande, está em ter feito o que fazem muitos homens endinheirados pelo mundo afora, ficam e brincam, mas depois que o brinquedo cansa se vão.
Não é só o Noroeste que terá um futuro incerto, mas todos os clubes que entregarem suas vidas a homens endinheirados a procura de retorno financeiro, ou em busca de promoção pessoal.
Damião Garcia com certeza não precisa de mais dinheiro e nem tão pouco de promoção pessoal, mas esqueceu que o Noroeste não estava preparado para viver sem ele e seu dinheiro e, ao esquecer esse fato, condenou o Noroeste a ser um eterno nostálgico...
O EC Noroeste da cidade de Bauru no interior de São Paulo vive um momento difícil em relação ao seu futuro, pois seu Presidente Damião Garcia renunciou ao cargo nessa sexta feira (07/11/2008).
Com ele deixam o clube o vice-presidente João Carlos Bidu de Almeida, Francisco Miraglia Simões Barbosa e Luiz Guilherme Miraglia Barbosa, respectivamente, presidente e vice-presidente do Conselho Deliberativo do Clube.
Mas porque a renuncia de um presidente deixaria tantas dúvidas sobre o futuro do clube e quem é Damião Garcia?
Nascido em Bauru, ex-empregado da Tilibra (marca líder e maior fabricante de cadernos escolares do país) na década de 40, Damião é hoje o Presidente da Kalunga, maior distribuidora de materiais escolares e produtos para escritório e informática do Brasil.
Com sede em São Paulo capital, a Kalunga que já patrocinou o Corinthians, reúne 27 lojas, 25 em São Paulo e duas no Rio de Janeiro, e, deu início a um grande projeto de expansão pelo país.
Segundo Damião Garcia a meta da empresa é abrir todo ano, cerca de oito a dez lojas num período de quatro anos.
Em 2008, Damião Garcia pretende abrir mais três lojas no Rio de Janeiro, três em Belo Horizonte e uma em Curitiba.
Conselheiro do Corinthians e um dos seus “cardeais”, filho de Bauru e apaixonado por futebol, Damião assumiu o Noroeste em 2003, começando um amplo projeto de investimentos no clube.
Em sua administração, Damião reformou o estádio Dr. Alfred de Castilho, sanou as dividas da equipe e deu um “banho” de loja na sede do clube, transformando o que antes era abandono em um dos símbolos da cidade.
Mandou buscar no Clube dos 13 um estudo de marketing contratado pela entidade, junto a SIS, empresa especializada em consultoria de exposição de marcas na mídia e associada ao grupo britânico do mesmo nome e partiu em busca de parceiros para tocar o novo Noroeste.
O projeto bem elaborado, unido ao prestigio pessoal de Damião Garcia junto ao empresariado paulista, acabou frutificando e, em 2005 o Noroeste voltaria a Série A1 do Campeonato Paulista, após se sagrar vice-campeã da Série A2.
No mesmo ano, o Noroeste venceu a Copa Federação Paulista de Futebol e garantiu sua participação na Copa do Brasil de 2006.
Em 2006, o Noroeste terminou em quarto lugar na Série A1 e levantou a Taça de Campeão do Interior, garantindo sua participação na Série C.
Ano passado, o Noroeste foi o sétimo colocado e em 2008 ficou na nona posição.
Talvez essas conquistas possam parecer pequenas, mas para um clube que em 2003 se encontrava falido, com mais de 90 causas trabalhistas pendentes, com sua sede e seu estádio sucateados e sem nenhum apoio do empresariado de Bauru, não há como negar que o passo foi gigantesco.
Porém, para o Noroeste o sonho acabou Damião foi embora e com ele, seu dinheiro, seu prestigio e o grupo que lhe dava respaldo na administração.
Todos em Bauru sabem que os velhos tempos das correntes e vaquinhas passaram, o futebol ficou caro e hoje existe um abismo entre o potencial financeiro do empresariado local e as necessidades do clube...
Damião Garcia deixa o clube sem dividas e completamente organizado, mas ao partir, deixa o Noroeste prostrado como um viciado, que agora terá que esperar que surja alguém, disposto a suprir as necessidades de quem viveu bons anos, mas está de volta a dura e triste realidade.
Damião Garcia não é culpado pelo futuro do Noroeste, sua culpa está em ter dado a um clube modesto a sensação que poderia ser grande, está em ter feito o que fazem muitos homens endinheirados pelo mundo afora, ficam e brincam, mas depois que o brinquedo cansa se vão.
Não é só o Noroeste que terá um futuro incerto, mas todos os clubes que entregarem suas vidas a homens endinheirados a procura de retorno financeiro, ou em busca de promoção pessoal.
Damião Garcia com certeza não precisa de mais dinheiro e nem tão pouco de promoção pessoal, mas esqueceu que o Noroeste não estava preparado para viver sem ele e seu dinheiro e, ao esquecer esse fato, condenou o Noroeste a ser um eterno nostálgico...