Todos os que foram ao Machadão na noite de sábado, consciente ou inconscientemente, sabiam que vencer aliviaria a pressão, mas não a eliminariam...
Todos também sabiam que a derrota, não seria o fim, mas aproximaria o fim.
Esse era o clima no estádio e, ao que parece, era também o clima dentro do gramado.
O primeiro tempo foi sem cheiro e sem gosto, de um lado um Vila Nova despreocupado e do outro, um América desconfiado e temeroso de partir para cima e ser surpreendido – sofrer mais uma derrota em casa consagraria a incapacidade da equipe rubra de tentar ao menos fazer o óbvio.
No intervalo pude perceber no semblante de alguns a preocupação com o insistente 0x0.
Reiniciado o jogo, ficou claro que a mudança efetuada por Diá, colocando Juninho no lugar de Berg, surtiu efeito e que alguém lá em baixo havia mostrado aos jogadores que esperar por esperar não levaria o América a nenhum lugar.
O time cresceu, partiu para cima do Vila e foi beneficiado por duas penalidades máximas (ambas existentes diga-se de passagem) que Lúcio converteu, garantindo assim a vitória logo nos primeiros minutos da etapa final.
A partir dos gols, o América comandou o jogo, impôs seu ritmo e deixou, aliás, como sempre, de marcar mais gols...
Terminada a partida, era visível o alívio e a certeza de que mesmo tendo jogos bastante difíceis pela frente, é possível ainda sonhar com a permanência na Série B.
Sair da zona de rebaixamento é um passo gigantesco, pois agora, quem corre atrás é o Bahia, bastando ao América, lutar para manter a vantagem que o separa do tricolor, seja ela qual for.
Por outro lado, chegar aos 39 pontos, coloca pressão sobre o Juventude e Brasiliense.
Enfim, vencer do Vila, não decretou o fim da agonia, mas diminui ao menos por enquanto, o nível de ansiedade.
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