domingo, maio 16, 2010

David Triesman, presidente da Football Association, acusa a Espanha de querer subornar árbitros na Copa da África...


O The Mail on Sunday é um jornal britânico lançado em 1982 por Lorde Northcliffe.


Em forma de tabloide, o jornal tem hoje uma circulação de 2,3 milhões de cópias e é o segundo jornal mais lido aos domingos na ilha de Avalon.


Seguindo a linha politica de centro direita (lá eles não ficam em cima de muro, assumem suas posições e quem quiser ler, leia), o The Mail como é mais conhecido, publicou nesse fim de semana trechos de uma conversa entre David Triesman, presidente da Football Association e sua ex- secretária e ex-namorada, Melissa Jacobs.


Nessa conversa informal, gravada por Melissa e depois, vendida ao The Mail – a Melissa é um doce de pessoa, não acham? –, Triesman fala sobre a candidatura da Inglaterra para sediar o mundial de 2018 e de seu mais forte concorrente, a Espanha.


Segundo a transcrição, Triesman afirma que os espanhóis teriam entrado em contato como os russos – que também pleiteiam sediar o mundial de 2018 – e feito a seguinte proposta:


A Espanha retiraria sua candidatura e apoiaria a Rússia, mas em troca, os russos ajudariam os espanhóis a subornar árbitros para favorecê-los no mundial da África do Sul.


A publicação da conversa, caiu como uma bomba nos meios esportivos europeus.


Imediatamente, David Triesman pediu demissão da presidência do comitê responsável pela candidatura inglesa para o mundial de 2018.


Na gravação, existem outras revelações interessantes:


Triesman fala de sua amizade com Michael Platini, presidente da UEFA e diz ter conversado com ele sobre a necessidade de investigar empresários, agentes e dirigentes corruptos que atuam no futebol europeu...


Sobre a América Latina, Triesman declarou a Melissa que, “eles têm uma extraordinária história de corrupção” e contou que um importante dirigente sul-americano, exigiu ser nomeado cavaleiro da rainha, em troca de seu apoio as pretensões inglesas de sediar o mundial em 2018.


Em entrevista a BBC, Triesman classificou o ocorrido como um “desafortunado e lamentável incidente”, afirmou ter enviado carta às federações espanhola e russa com pedidos de desculpas e que havia entrado em contato com Joseph Blatter, presidente da FIFA, para lhe dar as devidas explicações e se desculpar...


Perguntado sobre se renunciaria ao cargo de presidente da Football Association, David Triesman, disse que irá conversar com a cúpula da federação e aí sim, tomará uma decisão.


Os jornais espanhóis reagiram com tranquilidade e os russos seguiram a mesma linha.


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