Foi dada a largada das Séries A e B do futebol brasileiro e, em paralelo, dirigentes, jornalistas e torcedores também deram a largada na temporada de desculpas esfarrapadas, previsões tresloucadas e achismo em geral.
Os dirigentes como sempre, nas derrotas irão repetir a rota ladainha contra os árbitros, mas não devem esquecer as lamurias sobre discriminação... no Brasil, times não perdem por incompetência ou ineficiência: perdem para árbitros mal intencionados ou, são vítimas de surda discriminação...
Devem saber sobre o que falam: afinal, estão ou no centro ou nas bordas da panela!
Na imprensa, o jornalista “patriota” buscará em Protágoras e Isócrates a base de sua argumentação e, cada vez que seu discurso for estraçalhado pela realidade, apelará para seu amor ao futebol de seu estado e pela necessidade de se valorizar as coisas da terra.
Já o torcedor, irá reverberar o dito e o lido... mas, seguirá fiel o padrão cafajeste; amor e desamor em questão de milésimos de segundos, beijo e cusparada em questão de segundos e caricia e pedrada em questão de minutos...
Ninguém, nenhum dos acima citados, terá a humildade de reconhecer a própria fragilidade e, a maior prova disso é o clichê: “perdemos para nós mesmos”, proclamado aos quatro ventos com a maior cara de pau, como se essa tolice fosse a mais absoluta das verdades.
Ninguém perde para si mesmo, todos perdem para o outro, mas reconhecer isso é reconhecer a própria fraqueza, é reconhecer própria incapacidade de reverter decisões erradas; é aceitar o mérito do vitorioso.
Aos lúcidos, restarão os desaforos e os dedos em riste a lhes acusar de traidores, derrotistas e todas essas baboseiras tão comuns nos escravos de certas paixões.
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