quarta-feira, abril 01, 2009

Se sabia, seu silencio foi à senha para o golpe... se nada sabia, o fato consumado não despertou nenhum aborrecimento em Ricardo Teixeira.

Não sou fã do Ricardo Teixeira e nem tão pouco admiro ou concordo com sua forma de gerir a CBF e realizar suas manobras para conduzir o futebol brasileiro, mas Ricardo só age assim, por ter a concordância da grande maioria dos dirigentes de federações e clubes...


Mas, o todo poderoso Ricardo Teixeira, não ficou apenas restrito ao futebol e seus “cartolas”, estendeu tentáculos e “abraçou” políticos, ministros, executivos da grande mídia e poderosos no atacado e no varejo.


Ricardo é o Rei do Futebol Brasileiro, mas só o é, por ter vassalos dispostos a curvar-se a cada desejo seu.


Porém, no caso do golpe dado contra a FBA, Ricardo Teixeira não foi nem mentor e nem autor do golpe.

Aqueles que contra ele se indignaram, na pressa em acusar o nosso Big Boss, comeram cru.

Faltou paciência para esperar o desenrolar de todo esse imbróglio e aí sim, opinar com isenção e sem ranços.


A matéria de Erich Beting, publicada no seu blog, é esclarecedora e dá nome aos bois.


A eminência parda da Série B


Não foi só o Corinthians quem minou a participação da Futebol Brasil Associados (FBA) na gestão da Série B do Campeonato Brasileiro.
O relacionamento turbulento entre os dirigentes da FBA e a cúpula da agência Sport Promotion foi determinante para que tivesse fim à primeira entidade representante de todos os clubes de uma divisão do futebol nacional.

Desde o ano passado a FBA tenta diminuir a participação da Sport Promotion na gestão comercial do campeonato.
Em 2002, quando a entidade foi criada, os contatos comerciais da agência foram fundamentais para garantir a realização do torneio.
Depois, com o passar dos anos, gradativamente a Sport Promotion foi se “apoderando” da venda de propriedades do torneio, ao passo que, com o sucesso da Segundona (leia-se a presença dos grandes), ficou menos complicado vender a competição.

O grande problema para a FBA nesse processo de “fritura” foi à relação de longa data da Sport Promotion com a cúpula da CBF.
Desde 1989 a agência é parceira da entidade na venda da Copa do Brasil.
Também, em 2007 a Sport Promotion criou o projeto “Marcas da CBF”, com o objetivo de montar um padrão de comunicação visual e comercialização para os Campeonatos Brasileiros das Séries A, B e C, além da Copa do Brasil.
A Sport Promotion não costuma aparecer muito na mídia, mas se relaciona muito bem com as emissoras de TV.
Seus donos, o publicitário José Francisco Coelho Leal (conhecido como Quico Leal), o ex-radialista Paulo Roberto Bastos e o engenheiro Alberto Belotti, são avessos a entrevistas, mas circulam com bom trânsito nos grupos de TV, com os quais constroem e comercializam eventos.
A empresa, inclusive cresceu desenvolvendo projetos para as emissoras de TV.

Foi nos anos 80, com a criação do “Show do Esporte”, na Band, que a Sport Promotion ganhou terreno no esporte.
Depois, com a união à CBF, a empresa deu seu grande salto para dentro do futebol.
A FBA, com menos histórico de relacionamento com a cúpula futebolística do país, sentiu agora na pele a influência da empresa.

Será muito natural que, a partir de agora, a venda da Série B, tal qual acontece na Copa do Brasil, fique a cargo da Sport Promotion, que de fato se tornará a “representante oficial” da Segunda Divisão Nacional.

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