quinta-feira, novembro 16, 2006

Primeiro Mundo...

O recepcionista do hotel quis saber como eu iria ao jogo de logo mais. Ele tem me visto entrar e sair do estacionamento, de carro. “Lembre-se que você tem um passe para usar o serviço de transporte da cidade, pode ser mais fácil para sair do estádio”.
Não me adiantaria, porque na hora em que vamos embora, depois de trabalho de pós jogo, já não tem mais ninguém na rua mesmo. Mas eu tinha esquecido do papelzinho que me foi entregue junto com a chave do quarto. Um ticket que me permite andar de metrô, ônibus e bondinho, de graça.
Não é uma questão de economia, já que nada disso custa caro. É uma questão de serviço. Enquanto eu for hóspede do hotel, não pago transporte em Basel. Lógico que não e só para mim, é para todos os hóspedes da maioria dos hotéis. Basel está dizendo a quem é de fora: “Venha conhecer nossa cidade, gaste seu dinheiro em nossos hotéis, restaurante e museus. O transporte é por nossa conta”. Para um brasileiro, é difícil se acostumar com certas coisas, mesmo que sejam as mais simples do mundo.
André Kfouri.

Lendo essa passagem no blog do André Kfouri, descubro duas coisas:
Primeira... Essa história que o brasileiro é um povo criativo é lorota, criativos são os suíços.
Segunda... Se o Ministério do Turismo e as Secretarias Estaduais, que empregam um monte de especialistas com doutorado, pós-doutorado e outros penduricalhos acadêmicos para ser criativos, não conseguem sequer copiar um idéia tão simples, o que podemos esperar dos nossos dirigentes esportivos, já que em sua ampla maioria, nunca conseguiram passar de três ou quatro livros...

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