quarta-feira, setembro 10, 2008

Marketing... Parte 1

O marketing tem por obrigação ser criativo, tem por missão atrair e manter clientes, enfim poderíamos usar a definição de Philip Kotler:
“Marketing é função empresarial que identifica necessidades e desejos insatisfeitos, define e mede sua magnitude e seu alvo potencial de rentabilidade, especifica que mercados-alvo serão mais bem atendidos pela empresa, decide sobre produtos, serviços e programas adequados para servir esses mercados selecionados e convoca a todos na organização para pensar no cliente e atender ao cliente”.
Bastava que os dirigentes do futebol brasileiro apenas lessem essa definição, compreendessem seu conteúdo e nela acreditassem para que começássemos a caminhar para longe do modelo primário e medíocre que está estabelecido na grande maioria dos clubes de futebol do Brasil.
Na maioria dos clubes o que vemos é o exercício permanente do marketing pessoal de seus dirigentes.
Alguns “correm” atrás de um microfone e se “desmancham” diante de uma câmera de televisão, usam longos e repetitivos discursos para tentar fixar na massa torcedora de seu clube a idéia de que são sujeitos dispostos a qualquer sacrifício por seu clube, imaginam-se líderes ao convocar sua “nação” para os estádios, postam-se como pais zangados ao passar sermão nos que reclamam, tratam jogadores como crianças mimadas, mas se o atleta “sai da linha”, agem com a severidade de um sargento.
Outros se postam como “marechais guerreiros” e qualquer coisa que lhes pareça ofensiva ao clube, usam de todos os meios para desqualificar o pretenso “agressor”...
Porém o tipo que costuma causar furor nas massas é o que além dos “galões de marechal”, também insufla os seus contra os adversários e amparado numa duvidosa veia humorística atacam com suas piadas de péssimo gosto (esse tipo, invariavelmente induz as mentes em estado gasoso ou liquido a violência).
Não existe na maioria esmagadora de nossos clubes o marketing interno, também conhecido como “endomarketink”, o marketing de serviço se resume a pouco ou quase nada... “O torcedor entra no estádio sozinho, fica sozinho e sai ainda mais só do que entrou”.
Sobre o marketing de massa, já explicamos acima... Emulam, incitam, excitam, mas evitam ou não sabem o que oferecer em troca, além dos velhos e surrados discursos de glória, vitória e imaginária grandeza.
Marketing de relacionamento é outra palavrinha desconhecida pela grande maioria dos clubes desse país, raros são os que mantêm estreito relacionamento com seus “clientes” e, mais raro ainda, são os que buscam a simpatia da sociedade com ações mais abrangentes.
Não vou me deter no marketing organizacional, pois esse é sonho distante e pelo andar da carruagem, não terei o prazer de vê-lo implantado tão cedo.
Mas, mesmo sabendo que vai aparecer um bocó qualquer para dizer que o exemplo abaixo não é viável no Brasil pela desculpa esfarrapada de contraria nossa cultura, creio que vale a pena tocar no assunto...


Um comentário:

Anônimo disse...

Não precisaria nem se fazer um cemitério não. Longe disso.

Os nosso dirigentes precisariam aprender coisas simples de Mkt. Aprender, o ABC, digamos.

É uma pena que a inércia é enorme nesta área. Uma pena.

As dificuldades são grandes...

Abecedista.

oabecedista.blogspot.com