Resolvi escrever sobre a estréia do goleiro Wellington do ABC, fora do contexto do jogo por entender que o jovem goleiro merece um destaque especial...
Sempre fui favorável que os jogadores das categorias de base sejam aproveitados o quanto antes...
Meu argumento é bem simples: se o trabalho nas bases foi direcionado para a formação de um profissional, não há razão para deixar ninguém numa longa fila à espera de um “acidente”...
Pois foi exatamente o que aconteceu na partida entre ABC e Potiguar.
Wellington não ia jogar, seria o reserva imediato de Dida (aliás, depois do Dida original, todo goleiro negro, passou a ser Dida – e tome falta de criatividade), mas quis o destino que Dida, sofresse uma contusão num dos últimos treinamentos antes do jogo...
E então, sobrou para o jovem goleiro.
Wellington possivelmente estivesse tenso e nervoso – em Natal, as torcidas têm um nível de exigência que beira ao ridículo – ele sabia que o apoio que recebeu, poderia se transformar em repudio, pois bastava um erro, bastava um tropeço...
Mas Wellington comportou-se com a serenidade e a personalidade que se espera de um jovem que sabe o sacrifício que fez para chegar até ali e que sonha atingir objetivos maiores.
Não que tenha feito uma partida sensacional, nem podia, pois não foi tão exigido assim, mas cumpriu seu papel e mostrou que ao menos na pequena área a bola sempre será por ele alcançada...
Gostei da estréia, gostei da postura do rapaz e mesmo que tenha percebido que sua reposição com os pés ainda necessite de aprimoramento, não há como não aplaudir e torcer para que ele volte a vestir a camisa do ABC e possa assim, ganhar a tão propalada experiência.
Meu receio é que a lógica míope do nosso futebol acabe por sentar Wellington de volta no banco, para que os “mais experientes” joguem em seu lugar.
Até prova em contrário, o gol do ABC é no momento de Wellington.
2 comentários:
Grande Fernando Amaral
Quem melhor que você para analisar uma posição tão difícil no futebol quanto a do goleiro? Eu não conheço.
Você não só conhece do asssunto como também tem experiência própria através do seu filho.
Um grande abraço
Meu amigo Fernando Amaral,
em relação a esse goleiro não me surpreende em nada sua boa atuação.
Eu o conheço desde que chegou no ABC participou de varias competiçõe comigo.Seu perfil fleumático o ajuda nessa função que requer frieza, concentração, confiança e liderança. Não sei como ele esta agora, mas na época ele precisava vencer a timidez e falar mais em campo. Acredito que ele tenha amadurecido bastante e torço pro sucesso dele como ninguem.
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